Com calma

Wagner Lopes valoriza camisa 9 do Tricolor e tira peso da posição

Cria da base paranista, Yan Philippe larga na frente na briga pela titularidade. Foto: Hugo Harada

Um dos principais problemas do Paraná Clube em 2016 foi o ataque. Lúcio Flávio e Fernando Karanga se revezaram com a camisa 9, mas não foram muito bem e não convenceram. Até por isso, foram liberados para 2017. Para esta nova temporada, novas opções chegaram, mas um velho conhecido é que larga na frente para ser o homem de referência paranista.

Aos 21 anos, o atacante Yan Philippe, revelado na base do Tricolor, foi o escolhido pelo técnico Wagner Lopes para ser o camisa 9 do time. Foi titular nos dois jogos-treinos contra o Joinville e deixou a sua marca na vitória por 3×2 no Ninho da Gralha.

Especialista em setor ofensivo, uma vez que foi atacante quando jogador, o treinador trata com carinho a posição de centroavante e ressaltou que não pode colocar toda a responsabilidade dos gols nas costas de quem for o escolhido para a posição.

“A ideia é a gente preparar quem estiver melhor no elenco para colocar a bola para dentro. É preciso valorizar muito quem veste a camisa 9 e não acredito que seja obrigação somente dele, mas também dos meias e atacantes. É injusto isso. O esforço é individual, mas o jogo é coletivo”, destacou o comandante paranista.

Pela forma que foi montado contra o JEC, o Paraná deve ser escalado no 4-2-3-1, variando para o 4-3-3 quando tiver com a posse de bola. E, neste caso, outros jogadores acabam divindindo a responsabilidade de balançar as redes adversárias, como Matheus Carvalho, Ítalo, Vitor Feijão, Renatinho e Bruno Cantanhede. Os dois primeiros também marcaram gols nos amistosos e se revezaram entre time titular e reserva, talvez sendo a maior dúvida do treinador no ataque.

Um pouco mais atrás, Jonas Pessalli e Renatinho também disputam uma posição. A tendência é que o setor ofensivo acabe sendo o que mais sofra alterações ao longo das primeiros jogos da temporada, até para ver quem se adapta melhor ao esquema.

De qualquer maneira, o trabalho coletivo, desde a defesa até o ataque, já vem agradando Wagner Lopes, que em pouco tempo já viu uma evolução no time, principalmente na criação das jogadas.

“Este potencial de desenvolvimento de jogo nos deixou feliz e estou muito otimista. Os jogadores ainda sentem o ritmo forte da pré-temporada, mas já vi boas variações táticas, que serão importantes no transcorrer das competições”, completou ele.