Diretoria, jogadores e comissão técnica pediram e a torcida do Paraná Clube, enfim, atendeu. O estádio Couto Pereira não estava completamente lotado na noite de quarta-feira (24), no duelo diante do Atlético-MG, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, mas o público de pouco mais de 17 mil pagantes correspondeu às expectativas do Tricolor, que conseguiu colocar, no Alto da Glória, mais público do que se a partida tivesse sido realizada na Vila Capanema.
O time paranista contou com o apoio do seu torcedor, lucrou com isso e ganhou um fôlego financeiro para a continuidade da temporada de 2017. Não dá para dizer que o Couto Pereira ficou completamente tricolor como já visto em outras ocasiões, sobretudo na década de 1990, mas foi, sem dúvidas, uma boa iniciativa da diretoria para manter o nível de jogo da equipe e também as suas finanças em dia.
Com a bola rolando, o torcedor, que ocupou as arquibancadas, o setor Pro Tork e as sociais do Couto, ficou apreensivo com o domínio do Atlético-MG no primeiro tempo. A angustia da torcida aumentou depois que Elias, logo aos 8 minutos, abriu o placar para o time mineiro.
A atmosfera do Couto Pereira mudou quando o meia Guilherme Biteco, em cobrança de falta, empatou a partida, aos 19. Um gol para aliviar os paranistas e homenagear seu irmão, Matheus Biteco, falecido no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, no final do ano passado.
“Não só a emoção do gol, mas pelo valor que tem esse gol, né? A gente estava atrás no resultado e a gente deu uma melhorada depois do gol para a nossa sequência na partida”, disse Biteco.
O camisa 11 do Tricolor, ao dar essa declaração no intervalo, mal sabia que seria o responsável pela festa dos quase 20 mil paranistas presentes no Couto Pereira. A etapa final não mudou de figura e o torcedor do Paraná voltou a ficar apreensivo quando Robinho foi logo marcando nos minutos iniciais do segundo tempo.
A torcida paranista, no entanto, seguiu jogando junto com o Tricolor. A esperança de conseguir um grande resultado aumentou depois que Felipe Alves, aos 19, empatou novamente. Mas o estádio explodiu de felicidade dez minutos depois, quando o iluminado e inspirado Guilherme Biteco fez um golaço de fora da área e garantiu a vitória.
O Paraná, então, provou a sua força e que tem no torcedor paranista um dos seus grandes aliados para conseguir grandes objetivos na temporada. Até o final do jogo, cada bola tirada e cada gol perdido pelo Galo foram comemorados como um gol. Foi uma bonita festa e que foi coroada com uma atuação eficiente do time tricolor que, em 2017, tem grandes condições de conseguir o acesso e, quem sabe, ir ainda mais longe na Copa do Brasil.