Na Série A

Paraná Clube projeta futuro sem abrir mão da política “pés no chão”

Rodrigo Pastana e o presidente Leonardo Oliveira pregam cautela na montagem do grupo que vai disputar a Série A em 2018. Foto: Marcelo Andrade

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Enquanto o Paraná Clube se prepara para entrar em campo para o último jogo da temporada 2017, contra o Boa Esporte Clube, neste sábado (25), a partir das 17h30, no Couto Pereira, diretoria e gerência de futebol seguem firme no planejamento para o ano que vem. Mesmo com o aumento da receita com o retorno à Série A,a ordem é manter os pés no chão.

Para o presidente Leonardo Oliveira, o mundo na Série A é dez vezes melhor do que na Série B, mas ainda há um caminho longo pela frente. “Estamos trabalhando para que o clube se organize e saia estruturado, para que não aconteça o que aconteceu no passado, que a gente tinha um caminho bem trilhado pra seguir, mas que se acabou perdendo a rota, talvez por falta de organização ou estrutura. A gente não pode fazer o mesmo”, afirma.

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Traduzindo, a ideia é investir mais devido à maior qualidade dos adversários da Série A, mas sem fazer maiores loucuras. “Estruturalmente, a gente já tem um caminho bem definido pra seguir e dentro de campo a competência do Pastana vai nos manter nos trilhos”.

O gerente de futebol, Rodrigo Pastana, vem trabalhando há dois meses ao lado da direção, já projetando o futuro, que vem travestido de mais otimismo. “Para quem este ano teve uma folha de R$ 400 mil mensais, no ano que vem se a gente tiver R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão, eu acho que já dá pra gente fazer algo diferente, algo melhor”. Além de montar um bom time, a ideia é que sobre algumas cifras para outros tipos de despesas. “Ainda vai sobrar dinheiro para continuar pagando nossas dívidas, pra gente continuar administrando o clube bem e não perder mais patrimônio, pois isto também é importante para o Paraná Clube”.

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Apesar de estar negociando a permanência de alguns atletas importantes para o clube, como o goleiro Richard e o zagueiro Maidana, as declarações da cúpula deixam claro que o Tricolor não vai fazer nenhuma extravagância caso outros clubes cheguem com propostas que, se cobertas, possam comprometer o orçamento.

“O aumento da receita vem com uma competição de um nível muito mais forte, um nível de competição completamente diferente e que custa mais caro. A gente vai precisar de habilidade para manter dentro da nossa política salarial um elenco bom para a Série A”, reforça o presidente.

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Responsável pela montagem do vitorioso elenco paranista, Pastana já tem a estratégia definida para os investimentos. “Eu disputei a Série C (pelo Guarani) no ano passado e como a gente tinha uma limitação financeira grande, eu tinha que trabalhar com aquilo que já conhecia. Não adiantava ficar inventando muito. Talvez seja a minha linha no próximo ano. Trazer os destaques da Série B pra que a gente faça uma Série A boa”, concluiu Pastana.