Sem volta

‘Sem perdão’, Marcos Malucelli é expulso do Atlético

Antes aliados, Marcos Malucelli e Mario Celso Petraglia agora se tornaram inimigos, o que gerou a expulsão do ex-presidente do clube. Foto: Arquivo

O ex-presidente do Atlético, Marcos Malucelli, não poupou críticas ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mario Celso Petraglia. Na última terça-feira (24), o ex-dirigente foi expulso do quadro associativo do Furacão e disse que não vai brigar para voltar a ser sócio enquanto Petraglia estiver no comando.

“A expulsão era esperada. A partir do momento em que o presidente do Conselho é o próprio Petraglia, e foi ele quem iniciou o processo”, argumentou. “Nem sei se vale a pena brigar para ser sócio do Atlético com esse homem lá dentro. Ele vira dono. O Conselho fica servil a ele. E quem contesta, é retirado”, reforçou.

Mandatário do Furacão entre 2009 e 2011, Malucelli havia sido excluído do quadro associativo em 2015, mas recorreu. Agora, com a confirmação da exclusão, não pode se candidatar a nenhum cargo no clube. Ele era sócio do Atlético desde 1963.

Em processo que correu paralelamente na Justiça Comum, Malucelli foi absolvido das acusações de dolo, má-fé e ofensa ao estatuto do clube no caso envolvendo a contratação do atacante uruguaio Santiago Morro Garcia. Já no clube, pelas mesmas acusações, acabou punido.

“Na Justiça Comum, eles perderam nas duas instâncias. Mas o conselho vem e diz que teve ofensa ao estatuto”, criticou, para, em seguida, reassegurar não se arrepender da contratação de Morro.

“Na época, o negócio era bom, tínhamos expectativa de que ele nos ajudasse a reverter nossa classificação no campeonato”, defendeu. “Foi uma negociação normal, o clube tinha dinheiro, pagou, tanto que o Judiciário considerou legal. Mas o tribunal do Petraglia achou que não”, encerrou.

Relembre

Sob o comando de Marcos Malucelli, o Atlético contratou Morro Garcia em 2011 por US$ 3,5 milhões. Em julho de 2012, o Furacão entrou com ação cível pedindo o cancelamento do contrato de imagem do jogador. O distrato foi assinado pelo Atlético e pelo Nacional-URU, ex-clube do atleta. Em 2011, Morro ainda esteve envolvido em caso de doping por cocaína.

Após deixar o Furacão, o uruguaio defendeu Kasimpasa-TUR, River Plate-URU e Godoy Cruz, da Argentina, seu atual clube.