Retribuição

Agora é a vez de Curitiba mostrar que é solidária

Couto Pereira, no momento, está vazio, mas a expectativa é que esteja lotado à noite. Foto: Arquivo

Depois de homenagens no Atanásio Girardot, na Colômbia, na Arena Condá e em muitos estádios mundo a fora, nesta quarta-feira (7) é a vez de Curitiba mostrar seu carinho à Chapecoense e às 71 vítimas do acidente aéreo que na terça-feira (29) da semana passada chocou a todos. A partir das 20h30, o Couto Pereira, local onde seria nesta quarta-feira a grande final da Copa Sul-Americana, receberá torcedores de todos os clubes para um culto ecumênico.

O evento está marcado para começar às 20h30 e durar até às 21h45, quando a bola rolaria para a decisão do torneio, que, apesar de não ter final, teve como campeão a Chapecoense. Coritiba e Paraná Clube estão divulgando via redes sociais e nos sites oficiais o evento e pedem para que quem for ao estádio vá com a camisa do seu time ou de branco.

“O mundo inteiro está comovido com a tragédia e o Coritiba convida todos cidadãos, sejam torcedores coxas-brancas ou de outros clubes, para o culto ecumênico”, afirma o Coxa. “Não é momento para se pensar em cores ou rivalidade. A união de todos fala mais alto”, diz parte da nota publicada pelo Tricolor. Os únicos uniformes ou materiais que estão proibidos são os de torcidas organizadas.

Os portões do Couto Pereira estarão abertos a partir das 19h. A celebração será realizada pelo padre João Maria e pelo pastor Antônio Jairo Porto Alegre e a expectativa é de uma festa muito bonita no estádio.

Pelas redes sociais, muitos torcedores, do Trio de Ferro e até de equipes de fora do Estado, estão se mobilizando para participar do culto. A expectativa é de que o Couto esteja lotado, com mais de 30 mil pessoas.

Desde que o acidente ocorreu, na semana passada, as homenagens parecem só aumentar. Em Curitiba, a união entre torcidas já aconteceu no último domingo (4), quando paranistas, coxas-brancas e atleticanos se misturaram na missão de despedida do técnico Caio Júnior. Em alguns shows e casas noturnas, os gritos de “Vamo vamo, Chape” também puderam ser escutados como homenagem.