Direitos violados

Os atleticanos continuam em conflitos. Agora, porque o Atlético, já sabendo que iria ter Atletiba no dia 31 de setembro, contratou a locação da Baixada para o concerto de Andrea Bocelli. Tenho a informação o concerto exigirá dos promotores o pagamento de dois milhões e duzentos e cinco mil reais.

Acredito no valor, mas não aposto que esse será o lucro do Furacão. É que em regra geral tudo o que se negocia nos clubes, e em especial, no Atlético, interpõem-se pessoas que pelas diversas rubricas participam do rateio.

Mas o que o Atlético vai receber ou deixar de receber é irrelevante. O que se questiona é o desprezo da diretoria ao futebol. O Atletiba já estava marcado e não há momento do campeonato em que o Atlético tenha esvaziada a sua presença entre os candidatos para a vaga na Libertadores da América.

E agora, que o Furacão está em sexto lugar, colado no quarto, o que permite em afirmar que estará disputando a vaga no Atletiba, independente do resultado em Santos?

Não sei qual a razão, mas Petraglia anda muito esquecido. Quando pregou que o Atlético deveria fazer a autogestão para a construção da Baixada, o argumento que prevaleceu no convencimento da torcida, foi o de que não haveria submissão à terceiros.

Estranha essa atitude da diretoria. Voltem aos fatos: o Atletiba já havia sido marcado pela CBF; o Atlético sempre disputou uma vaga para a Libertadores da América; ninguém mais do que a diretoria sabe que o fator Baixada é o fundamento que explica essa brilhante campanha; o jogo é Atletiba, portanto, sempre o mais nobre por ser contra o rival histórico, e esse em especial porque decide a vida do Atlético para a Libertadores e a do Coritiba para o rebaixamento.

O contrato para Bocelli já está assinado e o ingressos estão vendidos. E daí? O que a diretoria do Atlético pratica contra a torcida é uma agressão ao sentimento. E contra aos 24 mil sócios pagantes é uma agressão ao sentimento e ao contrato. Seja tratado como torcedor ou como consumidor, o atleticano tem violado os seus direitos.

Petraglia tem que resolver o problema.

O Atletiba tem que ser na Baixada.

Vingança

Paulo Rink nunca foi meu ídolo, embora tenha sido da torcida do Atlético. Na sua época era Oséas por ser exótico e Ricardo Pinto por ser soberbo como goleiro. Na história como ídolo, bem longe de Sicupira, Washington, Assis e Alex Mineiro.

Mas, independentemente de graduação, foi ídolo. Tem história no clube. Agora foi vítima do revanchismo, com o Atlético cassando o seu direito de identificação como candidato a vereador. Analisado sob o aspecto jurídico, não vejo que Rink use a marca do Atlético. Ele usa as cores vermelha e preta que ligam a sua imagem ao Atlético. E a imagem é personalíssima, pertence a Rink e não ao clube.