Antigas amizades

A visita do holandês Seedorf para ser apresentado à estrutura do Clube Atlético Paranaense não se encerra com o interesse da sua contratação como técnico. Por trás do fato, há uma rede de interesses.
A família do político Edson Coelho Araújo o Edinho do PT, amigo íntimo de Mário Petraglia, dono do Furacão, está adquirindo 50% das quotas da empresa Think Ball Sports & Consulting, que pertence aos empresários Bruno Paiva e Robalinho. É possível afirmar entre as três maiores empresas de agenciamento de profissionais de futebol. É a representante de Seedorf.

Agora vem o fato de bastidores. Em razão da relação Edinho e Petraglia, o Atlético liberou a empresa para contratar a representação da maioria dos jogadores da base, e alguns já titulares. Sidicley, por exemplo. Sabe-se que o valor mínimo de remuneração de qualquer empresa dessa natureza é 10% do ganho do atleta, podendo ser repassado ao empresário pelo próprio clube. A permissão para a contratação em massa de um time, por agentes é inédita no futebol brasileiro. O Furacão, como afirma Petraglia, é mesmo um quebrador de paradigmas.

Exemplo de lealdade

A forma que os grupos de Vialle e Pedro Costa encontraram para amenizar as possíveis consequências da eleição de Samir Namur para a presidência, foi unir-se para comandar o Conselho Deliberativo. Até o advogado Maurício Ferrante foi escolhido para ser presidente.

Mas, aí, Costa esqueceu o compromisso com Vialle, resolveu unir-se a Samir e acabou com a união. O presidente do Conselho será Marcelo Foggiato Licheski, os vices Luiz Henrique de Barbosa Jorge e David Colaço Meira Neto.

Costa é mesmo rápido. Romper com Vialle poderia até ser natural, pois disputou também com ele a presidência. Mas trair Vilson Ribeiro de Andrade, que o carregou nas costas (sem trocadilho) evitando uma votação humilhante, prova de que tem uma lealdade um pouco estranha. Os coxas vão acabar concluindo, que Samir foi a melhor opção.