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Banda mata saudade da boemia de Curitiba com músicas do Gato Preto e outros bares. Ouça!

Restaurante Gato Preto, ícone da noite curitibana, é um dos pontos homenageados pela banda Squalidus Johnsons. Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo / Arquivo

O distanciamento social tem feito aumentar a saudade de alguns lugares célebres da noite de Curitiba. Afinal, quantos curitibanos já não se atreveram a encerrar a madrugada com a tradicional costela no Gato Preto ou ter ido a um happy hour com amigos no tradicional Pudim, que infelizmente fechou as portas no fim de maio já deixando saudades. Há quem também sente falta de um fim de tarde regado a chope e o tradicional pão com vina no Bar Mignon, no Calçadão da Rua XV, bem embaixo das coberturas roxas que deixam os curitibanos com um tom bronzeado.

Em homenagem a esses lugares tão especiais para os curitibanos, a banda Squalidus Johnsons lançou sexta-feira (29) quatro músicas na plataforma Spotify: Pudim, Bar Mignon, Gato Preto e Padaria. “São lugares que estão sofrendo pesadamente sem os clientes e essa é a nossa forma de dizer que estamos do lado deles, lugares que fazem parte da nossa vida. Como artistas, temos a obrigação de prestar essa homenagem”, revela o baixista da banda Theo Marques.

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As músicas foram gravadas em 2010, mas foram colocadas na plataforma de streaming – de transmissão de músicas pela internet – somente agora. Infelizmente, o momento é delicado para os bares e restaurantes, que passam por crise diante da pandemia do coronavírus. O Bar Pudim, por exemplo, fechou às portas na última terça-feira (26) depois de 52 anos de clientela fiel na Praça do Gaúcho, no bairro São Francisco.

Como ainda não é recomendado para a população romper com o isolamento social, o rock’n roll da Squalidus Johnsons mata um pouco da saudade desses points do curutibano. Com Marcelo Dallegrave no vocal, Theo Marques no baixo, Elenton Zanoni na guitarra e Daniel Dias na bateria, as músicas contam histórias da boemia curitibana. As composições também têm a assinatura de José Alexandre, antigo membro da banda.

EP Squalidus Johnsons. Foto: Eduardo Aguiar / divulgação.

Van do Gato Preto

O Gato Preto, o mais mítico ponto da noite curitibana, um restaurante dançante com uma costela assada deliciosa no Centro, foi cenário de muitos encontros da banda e amigos. E a inspiração virou música. Marcelo Dallegrave lembra que, ao saber que o espaço oferecia o serviço de carona de clientes, logo quiseram ver como era.

“A gente ligou um dia e veio uma van na porta de casa e levou todo mundo pra lá. Estávamos em oito pessoas na fissura de comer uma costela. Comemos, pagamos a conta e a van trouxe a gente pra casa de novo. Depois disso, obviamente, veio a música”, recorda. 

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A banda, que começou e 2001 numa república de estudantes no bairro Alto da Glória, tem cerca de 20 músicas gravadas. Boa parte delas conta histórias de locais emblemáticos da cidade e também de experiências e piadas internas da banda.

Banda Squalidus Johnsons. Foto: Maringas Maciel / divulgação.

“Eu tenho ligação com quase todas as músicas. Ou é minha, ou do Zé (ex-integrante José Alexandre), ou de alguém com a gente. Temos músicas que falam do James [casa noturna curitibana, mas não saiu no streaming. Tem a música do Josias Hot Dog. As letras são bem engraçadas”, recorda o atual vocalista.


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