Vítima de seqüestro sobrevive a cinco balaços

Médicos do Hospital Cajuru consideraram um verdadeiro milagre, Nilton Sérgio Saciotti, 48 anos, baleado na tarde de terça-feira, durante um seqüestro, estar fora de perigo e passar bem. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, o funcionário do Canal 21 de televisão foi atingido com quatro tiros na cabeça, sendo que três deles ficaram alojados na caixa craniana e um o feriu de raspão.

Ele passou por uma cirurgia na mesma noite em que foi baleado pelos marginais e deve receber alta nos próximos dias. Após a cirurgia, Nilton ainda foi ouvido por policiais.

Perícia

Segundo o superintendente da delegacia de São José dos Pinhais, Altair Ferreira, os quatro cartuchos deflagrados de uma pistola, calibre 32, já foram encaminhados para exames periciais no Instituto de Criminalística, junto com o veículo do homem. Hoje, Nilton deve orientar a confecção o retrato falado dos marginais que o atacaram e a sua esposa.

O exame de parafina ao qual a mulher de Nilton, Rosana Grein Saciotti, 27, foi submetida teve resultado negativo. “Nós pedimos para que ela fizesse o exame para evitar qualquer especulação e esgotar todas as possibilidades de suspeita, já que ela era a única pessoa que estava com ele, além dos bandidos”, finalizou o policial.

Suspeitos

As investigações sobre o seqüestro do casal estão sendo feitas pelas delegacias de Furtos e Roubos e de São José dos Pinhais. De acordo com a vítima, a ação dos bandidos estava prevista para acontecer no domingo, quando um dos seqüestradores aproveitou o portão aberto da casa e entrou no quintal. O homem pediu para prestar serviços a Nilton, que, nervoso com a audácia do suposto “desempregado”, o expulsou de sua casa. “Ele disse que foi bastante ríspido e quase prensou o homem contra o portão eletrônico”, contou o superintendente da delegacia de São José.

Seqüestro

Entretanto, a vítima só percebeu que o seqüestrador era o mesmo homem quando ele e um comparsa surgiram do porta-malas da camioneta que estava sendo usada para teste, pelo casal. Os marginais abordaram Nilton e Rosana e ordenaram que a mulher tomasse a direção do veículo. Conforme relatado por Nilton, as palavras do marginal foram: “Sou eu mesmo, aquele que você tratou igual cachorro quando eu fui na sua casa. Quero ver se você é macho mesmo”. Em meio a discussão Nilton respondeu que só teve aquela reação para proteger sua família, mas o seqüestrador não se comoveu.

Enquanto Rosana dirigia a camioneta, Nilton, deitado no chão do carro, foi baleado. Assustada, a mulher abandonou o veículo e fugiu correndo. “Como o veículo é bastante moderno, eles não conseguiram continuar a dirigir e abandonaram a camionete”, disse Altair.

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