Vigilantes apresentam proposta para combater assaltos na saída dos bancos

O Sindicato dos Vigilantes e o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região apresenta hoje pela manhã na Câmara de Curitiba, um projeto para combater o crime conhecido por “saidinha de banco”. Com o aumento no número de casos, o objetivo, segundo o sindicato, é contribuir com iniciativas que melhorem a segurança de quem usa o serviço bancário, tanto funcionários quanto clientes e vigilantes. Segundo estimativa do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, acontecem de 10 a 12 assaltos por dia na saída dos bancos de Curitiba e Região Metropolitana.

Entre as propostas do Sindicato estão a instalação de câmeras já na entrada do autoatendimento, vidros espelhados e câmeras externas. Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes, João Soares, a medida mais eficaz será a colocação de um sistema de monitoramento em tempo real nas agências. “Com a instalação de um sistema com monitoramento e gravação com câmeras em tempo real, com certeza teremos uma drástica redução no número de casos de ‘saidinhas de banco’. Isso facilitaria e muito o trabalho dos policiais e daria mais segurança a todos”, disse Soares.

Neste ano, já ocorreram 20 mortes em assaltos a estabelecimentos financeiros no país, oito delas em saidinhas de banco. Só em Minas Gerais, estado campeão nessa modalidade de crime em 2010, chegam a ocorrer 70 casos por mês, ou seja, somente no estado mineiro, são ao menos 770 casos somente esse ano.

Ainda, só em 2010 aconteceram ao menos 20 mortes envolvendo assaltos a bancos. Dessas, 8 foram em saidinhas de banco, sendo que duas foram em Belo Horizonte. Brasília lidera o ranking e registra o maior número de casos nos últimos seis anos, 851 ocorrências.

Em Curitiba, aconteceram dois casos violentos noticiados pela imprensa nesse ano. O primeiro foi em 4 de maio, no bairro Tarumã, quando um cabo do exército foi baleado no estacionamento do Banco Itaú na Victor Ferreira do Amaral. O mais recente ocorreu no dia 18 de outubro, no Cristo Rei. Um empresário foi baleado na cabeça, instantes depois de ter sacado sua aposentadoria em uma agência do Itaú, no Tarumã. O banco onde a vítima sacou o dinheiro não é equipado com câmeras de seguranças.