A mãe de Ismael Picanso Simão, 30 anos, encontrou o filho, morto a pedradas na Vila Osternack, Sítio Cercado, na madrugada de ontem. Como ele se perdeu no mundo das drogas, Meire Picanso Simão, costumava sair à procura do filho para tentar evitar o pior.
Além de Ismael, um rapaz foi assassinado horas antes na vizinha Vila Sambaqui, e a polícia não descarta que os dois homicídios estejam relacionados. Misma, irmã de Ismael, afirmou à polícia que o irmão era usuário de drogas; não parava em casa e vivia em bares da região.
A mãe, na tentativa de resgatá-lo e levá-lo para casa, saía de casa todas as noites. Na madrugada de ontem, como de costume, Meire saiu aflita de casa, enfrentando o frio, à procura do filho pelas ruas do bairro. Quando passou pela Rua Baitaca, deparou-se com a cena aterradora: o filho estava deitado, sem vida, com vários ferimentos de pedras na cabeça.
Armas
Logo depois, policiais militares do 13.º Batalhão e investigadores da Delegacia de Homicídios foram chamados. Ao redor do corpo, eles encontraram nove pedras grandes, algumas ensanguentadas, que foram usadas pelos assassinos.
No meio das pernas da vítima, havia uma latinha de cerveja. Misma não soube dizer quem poderia ter cometido o crime. Ela apenas relatou que estava em casa, por volta de 2h, quando foi comunicada da morte do irmão.
Como ontem apenas o plantão das delegacias funcionou, a DH deverá começar a investigar o caso no início da semana. Até agora, não há informações sobre a autoria do crime.
Conforme consta no Diário de Justiça de Rondônia, Ismael, que era conhecido como “Nanita”, foi intimado em dezembro de 2006 a comparecer a uma audiência marcada para fevereiro do ano seguinte por ter sido denunciado por roubo. Na época, o rapaz estava em local incerto. Esse é um dado que poderá ser relevante para a polícia esclarecer o caso.