Traficantes usam até sedex para transportar animais

Cobras, escorpiões, aranhas, tartarugas, iguanas e camaleões. Essa era a carga das três caixas apreendidas pelos Correios de Foz do Iguaçu no dia 24 de abril. Despachados via sedex, os animais foram descobertos, envoltos em tecidos, graças aos modernos equipamentos de raios X e espectrômetro que todas as grandes unidades e as de fronteira possuem.

Nas caixas foram encontrados 15 potes contendo vários escorpiões, quatro recipientes com aranhas, seis com cobras pequenas, e dois com camaleões, além de 13 lagartos, cinco cobras grandes e oito tartarugas. De todos os animais, apenas um lagarto estava morto, graças à ação rápida dos funcionários na identificação dos animais e acionamento da Polícia Federal.

A utilização dos serviços postais para a prática de atividades criminosas como o contrabando de animais silvestres, além do tráfico de armas, drogas e explosivos têm sido freqüente no País. Segundo o chefe de seção dos Correios do Paraná, Carlos Amaral, a confiabilidade do serviço e a certeza da entrega em um curto período de tempo são as causas principais que levam os contrabandistas a utilizarem os Correios. ?No caso desses animais, por exemplo, era uma carga viva. Eles precisavam do serviço que fizesse a entrega o mais rápido possível e, por isso, optaram pelos correios?, disse.

No entanto, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tem investido no combate à remessa ilegal de mercadorias. Tais equipamentos, já instalados nas principais unidades do País, são semelhantes aos que funcionam nos aeroportos.

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