TJ nega habeas corpus para Razera

O desembargador Laertes Ferreira Gomes, da 3.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, negou liminar de habeas corpus a favor do investigador da Polícia Civil Délcio Augusto Razera. Quando foi preso, ele prestava serviços à Casa Civil do Estado como assessor do governo. Em seu despacho, Ferreira Gomes fundamentou que ?não se constata ilícito constrangimento a autorizar, de imediato, a revogação do decreto de prisão preventiva, com relação ao paciente, o qual, a propósito, encontra-se devidamente fundamentado?.

Ferreira Gomes também pediu em seu despacho informações ao juiz de Campo Largo, que deverão ser utilizadas no julgamento do mérito do habeas corpus, que em média demora cerca de 30 dias. A medida foi impetrada pelos advogados Luiz Fernando Comegnio, Marcos Aurélio Mathias D?Ávila e Antônio José da Luz Amaral Filho.

Grampo

Razera é acusado de grampear ilegalmente diversos telefones. No último dia 5 de setembro ele foi preso, junto com outras pessoas, por promotores e policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), ligado à Promotoria de Investigação Criminal (PIC). Na ocasião, foram apreendidas diversas fitas gravadas ilegalmente. Segundo informações do Ministério Público, os alvos seriam políticos, empresários e até inimigos pessoais dos envolvidos no esquema. Razera é acusado de liderar a escuta e continua recolhido, por força de mandado de prisão, no xadrez da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), na Vila Izabel, na capital.

Denúncia

A denúncia contra o policial e os outros acusados deverá ser apresentada pela PIC até segunda-feira. Por enquanto já foram ouvidas 21 pessoas que prestaram depoimentos no inquérito.

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