Tiroteio: suspeitos têm álibis

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Claudinei e Reginaldo negam
participação em tentativa de roubo.

A busca frenética pelos bandidos que trocaram tiros com vigilantes da Proforte, na manhã de terça-feira, em frente ao Shopping Jardim das Américas, pode ter resultado na prisão de dois inocentes. Reginaldo Lopes Andrade, 27 anos, e Claudinei Ribeiro da Silva, 34, foram detidos horas depois do crime por policiais militares, na BR-116. Os dois negam com veemência a participação no assalto, o que está fazendo com que o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) tenha muita cautela nas investigações.

Com o fim do tiroteio, policiais do Regimento de Polícia Montada foram informados que um veículo Siena vermelho havia deixado o local, assim como o Gol da mesma cor, placa ANA-9196 e o Santana preto, placa AHK-7588. Os PMs então passaram a procurar os veículos e, no momento que trafegavam pela BR-116, avistaram o Siena. Ao abordar Claudinei e Rogério, os dois confessaram que estiveram na agência bancária onde ocorreu o assalto, mas negaram ter tido qualquer participação no crime. Os outros dois veículos foram encontrados horas mais tarde, abandonados em Piraquara.

Inocência

De acordo com o delegado do Cope, Marco Antônio Goes Alves, os suspeitos apresentam vários álibis que deverão ser checados e podem até mesmo inocentá-los. O que intriga a polícia é que o carro que estava com eles é de Claudinei. "Dificilmente alguém comete um assalto usando o próprio carro", afirmou o delegado.

A versão dos detidos é que eles teriam ido até o banco para fazer um depósito e naquele momento ocorreu a tentativa de assalto. Reginaldo teria ficado dentro do veículo, aguardando Claudinei. Segundo Reginaldo, ele ouviu os tiros, se abaixou no banco do carro e, ao avistar a garota baleada, pediu para um comerciante chamar o Siate. Já Claudinei afirma que estava na fila do caixa quando aconteceu a confusão e que ele chegou a se jogar no chão, com medo de ser baleado. O que complica a situação da dupla é que com eles os policiais encontraram sete celulares, sendo quatro deles furtados. Claudinei, que tem passagem pela polícia pelo mesmo delito, confessou que havia furtado os celulares e afirmou que foi justamente por esse motivo que deixou o local. "Eu levava minha cadela no porta, malas para cruzar e com os tiros ela estava latindo muito. Fiquei com medo que os policias quisessem ver o que estava acontecendo e encontrassem os aparelhos. Por isso fomos embora. A gente foi preso porque estava na hora e no lugar errado", afirmou Claudinei.

Segundo o delegado, testemunhas deverão comparecer na delegacia para fazer o reconhecimento da dupla, uma vez que o único segurança que os apontou como sendo os assaltantes, afirmou que lembra ter visto Claudinei um dia antes do crime. "Ele disse ter 50% de certeza que foram eles, mas isso não basta para nós", finalizou o delegado, que em princípio autuou os suspeitos por receptação.

Baleada

Durante a tentativa de assalto, o vigilante Oromar Gonçalves Carneiro, 28, foi morto com um tiro na cabeça. Um dos marginais teria sido atingido com dois disparos na barriga, e outro vigilante com um tiro no pé. Uma bala perdida atingiu a estudante universitária Débora Borim da Silva, 22, que estava no ponto de ônibus em frente ao shopping. Na tarde de anteontem ela submeteu-se a uma cirurgia para a retirada do projétil. A pedido da família o hospital não está fornecendo informações sobre o estado de saúde de Débora, informando apenas que ela já saiu do centro cirúrgico e está no quarto, onde continua internada.

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