Suspeito no seqüestro de filho de cartunista se entrega

O ajudante de obras André Luiz Pedon da Silva, de 21 anos, se apresentou nesta sexta-feira (18) à Promotoria Pública de São Paulo, em Jacareí, no Vale do Paraíba, afirmando ter participado involuntariamente do seqüestro do filho do desenhista Mauricio de Sousa, Marcelo, de 9 anos. O garoto, a mãe Marinalva Pereira dos Santos e o meio-irmão Victor Hugo Pereira de Almeida, de 2 anos, foram seqüestrados em março e permaneceram 18 dias reféns, tendo passado por quatro cativeiros.

André Luiz Pedon da Silva decidiu se apresentar à Justiça para tentar provar que participou do seqüestro de forma involuntária. "Ele alugava um quarto em uma casa em São Sebastião (no litoral paulista), onde trabalhava como ajudante, fazendo guias, e uma noite chegaram três pessoas para ficar em outro quarto. Disseram para ele que eram turistas", disse o advogado de defesa, José Antonio Ferreira.

Segundo ele, depois de dois dias, André percebeu que não eram turistas e que se tratava de um seqüestro. "Ele avocou as vítimas como suas testemunhas de defesa para provar que realmente não sabia de nada, mas depois que soube, não podia ir embora.

Na noite de 6 de abril, quando o cativeiro foi descoberto pela polícia e as vítimas libertadas, André estava na casa e fugiu com medo da polícia. "Ele sabia que se vissem ele ali, iriam pensar que também era um dos seqüestradores. Ele quer pagar o que deve à Justiça." Ainda de acordo com o advogado, André se apresentou para obter benefícios que atenuem sua pena em até um terço. "Ter se apresentado é um fator importante para redução da pena", disse.

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