Sinclapol quer mais segurança

Mesmo antes do policial civil Luiz Gonzaga dos Santos, 49 anos, ser assassinado (em 6 de junho último), a preocupação com a segurança pública já vinha sendo bastante discutida pelos próprios integrantes da Polícia Civil do Paraná. Depois do ocorrido, tanto a comunidade quanto as classes policiais passaram a uma busca frenética por alguma solução, porém as autoridades não se manifestam sobre o problema.

O Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) realizou ontem uma reunião com vários policiais, no auditório do Instituto Médico Legal de Curitiba, a fim de discutir soluções para amenizar os problemas que assolam a instituição. Durante o encontro, vários investigadores e superintendentes falaram do medo de trabalhar nas delegacias e principalmente do impedimento de realizar o trabalho investigativo que vem sendo substituído pelo de agente carcerário. Mediante as reivindicações, um documentos com propostas da classe deverá ser encaminhado hoje ao secretario de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. “Esperamos que alguma providência seja definitivamente tomada pelo governo, pois até agora só estamos na conversação”, afirmou o presidente do Sinclapol, Paulo Martins.

Entre as sugestões apresentadas estão a transferência de agentes penitenciários para realizar a guarda da carceragem nas delegacias; a nomeação de aproximadamente 400 concursados que aguardam ser chamados para ingressar na carreira polícial e a permanência de policiais militares nas delegacias.

Adepol

Recentemente, o presidente da Associação de Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol), João Ricardo Képes Noronha, tomou a mesma providência, elaborando um documento com 23 sugestões para melhorar a segurança pública no Estado, depois de fazer reuniões com delegados da capital e do Interior. Porém, nenhuma resposta do governo foi dada à Adepol. “Nós mostramos boa vontade e encaminhamos as sugestões. Recebemos apoio de deputados e senadores, mas o secretário ainda não se manifestou”, disse Noronha.

A Secretaria de Segurança Pública informou ontem não ter recebido o documento elaborado pela Adepol de maneira oficial, isto é, devidamente protocolado. A única manifestação do secretário desde a morte do policial civil foi uma nota enviada à imprensa, afirmando que providências estão sendo tomadas pelo governo, para minimizar o problema de falta de pessoal nas delegacias de polícia. O investigador morto estava fazendo plantão sozinho, em Colombo, quando indivíduos tentaram um resgate de presos. As demais delegacias da Região Metropolitana estão em situação igual. Por enquanto a única decisão tomada foi a prestação de apoio de policiais militares às delegacias que contam com efetivo reduzido.

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