Quando se preparavam para soltar sete balões, sete homens foram presos e um menor apreendido, no Boqueirão, por uma equipe da Força Verde (do Batalhão de Polícia Florestal), às 6h30 de ontem. Tratava-se de um grupo de vizinhos que não tinha antecedentes criminais, e que esteve reunido durante toda a madrugada em uma casa da Rua O Brasil para Cristo, próximo ao Canal Belém, para confeccionar e fazer a soltura dos balões.
O serviço de inteligência da Força Verde recebeu denúncias de outras equipes policiais e conseguiu evitar que os balões fossem para o ar. “Depois da reunião entre Defesa Civil, secretarias de Segurança e polícias Militar e Civil, intensificamos o trabalho de combate à ação de baloeiros e passamos a atuar em conjunto”, contou o tenente Piovezan, responsável pela ação.
Rapazes responderão por crime ambiental. |
Foram apreendidos mais de R$ 2 mil em equipamentos, entre os balões que já estavam prontos e o material que seria utilizado para confecção de outros. Cláudio Moraes de Souza, 33 anos; André Roberto Coimbra, 28; o dono da casa Osias Ferreira, 38; Everton Leandro Natel Tripodi, 22; Robson Marcelo Camargo, 35; Carlos Eduardo de Souza de Lima, 21, e Rafael da Silva Viechniewski, 24, foram encaminhados à Delegacia do Meio Ambiente, no Bacacheri, e autuados em flagrante pelo artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais. Um adolescente -de 17 anos – que estava com o grupo foi encaminhado para responder pelo mesmo crime na Delegacia do Adolescente.
Os presos estão sujeitos a detenção de um a três anos, além de multa que vai de R$ 1 mil a R$10 mil por balão.
Para Rafael, a soltura de balões foi marginalizada em Curitiba. “Em São Paulo e no Rio de Janeiro foi liberada a soltura de um balão que não tem bucha, ou seja, ele não tem fogo e não gera risco de incêndio. Se liberassem isso aqui, o trabalho dos baloeiros não seria marginalizado”, afirma. Rafael e boa parte dos amigos garantem que soltam balões desde a infância, influenciados por um “folclore” de família. No Rio de Janeiro, um balão solto no fim de semana destruiu um morro. (leia mais na página 4).