“Seqüestro tempestade” dura 8h

Oito horas como reféns. Esse foi o tempo que um casal permaneceu ameaçado por bandidos após ter sido abordado, dentro do próprio veículo, um Siena de cor prata, estacionado na Rua Martim Afonso, no bairro Bigorrilho. Foi-se a época em que os sequëstros eram de curta duração e, por acontecer "num relâmpago, num abrir ou fechar de olhos", como define o dicionário, levavam o apelido do clarão súbito e rápido. Hoje, as pessoas estão sujeitas a ficar horas sob a mira de bandidos, sem saber o desfecho, portanto uma verdadeira "tempestade" cujo resultado varia no limite entre a vida e a morte.

O "seqüestro tempestade" efetuado no bairro Bigorrilho ocorreu às 22h30 de quarta-feira. Teve início, então, o desespero do casal de professores pegos de surpresa por dois indivíduos armados de revólveres. Os marginais deram voz de assalto e entraram no veículo, rodando por cerca de uma hora, até parar no Passaúna. Lá, o casal foi colocado no porta-malas do veículo. Em seguida, o carro passou a rodar em alta velocidade. No relato das vítimas a policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), outros dois comparsas também foram apanhados no trajeto. O "passeio" terminou somente às 6h45 de ontem, quando as vítimas foram liberadas na Cidade Industrial de Curitiba, nas proximidades da empresa Tecpar.

Das vítimas foram levados relógios, telefones celulares, cartões e talão de cheques do Banco Real, uma mochila e aproximadamente R$ 1.500,00 em dinheiro. Os dois primeiros marginais foram descritos como jovens, entre 20 e 25 anos. Um deles era pardo e magro e o comparsa branco e forte.

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