Seqüestro acaba com vítima ilesa e dois mortos

Seqüestro terminou com perseguição policial, tiroteio, prisões e duas mortes no início da manhã de ontem, na região metropolitana. O diretor-geral do Hospital Erasto Gaertner, Luciano Biasi, foi raptado por quatro indivíduos, em frente à sua residência, em Colombo, e jogado no porta-malas de seu Palio Weekend. A vítima foi agredida e mantida sob domínio dos marginais por cerca de uma hora, tempo que policiais da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) precisaram para localizar o carro e abordar os suspeitos, já em Quatro Barras.

Os adolescentes Eliezer dos Santos Cardoso, 16 anos, e Gabriel da Silva Lopes, 15, foram baleados e mortos, em confronto com a PM. Foram presos em flagrante Aderli Cordeiro da Silva, 25, e Josiane de Fátima Soares, 27. Foram apreendidos dois revólveres e uma espingarda, calibre 12, de fabricação caseira, além de uma pistola de brinquedo.

Eram 7h30 quando o caseiro que trabalha na residência do médico percebeu a ação dos marginais e avisou a mulher da vítima, que chamou a polícia.

?O 190 acionou a Companhia de Polícia de Choque, que mobilizou todo o pelotão da Rone?, informou o major Chehade Elias Geha, comandante da companhia e responsável pela operação. Em pouco tempo, mais de 20 policiais, em seis viaturas, faziam cerco em Colombo e vasculhavam as proximidades do município, juntamente com policiais militares do 17.º Batalhão.

Tiroteio

As buscas surtiram efeito e, por volta de 8h30, o Palio foi localizado, no bairro Maria Alice, em Quatro Barras. Segundo o major Chehade, assim que perceberam a presença da Rone, os marginais começaram a atirar, de dentro do carro. Na tentativa de escapar da perseguição, o motorista perdeu o controle do veículo e chocou-se contra um poste, na esquina das Ruas João Kinap e 25 de Janeiro.

?Todos desceram do carro correndo. Os dois que atiraram foram baleados?, relatou Chehade. Josiane foi detida logo após a batida e Aderli foi perseguido e preso dentro de um banhado, a 300 metros do local. Os dois baleados foram encaminhados ao Hospital Angelina Caron, onde já chegaram sem vida. Os presos foram conduzidos à delegacia de Colombo.

Agilidade salva

Luciano Biasi explicou como aconteceu o crime e elogiou o trabalho policial. ?Eu saía de casa para trabalhar quando os quatro me abordaram. Fui colocado no banco dianteiro e, mais tarde, pararam o carro e me jogaram no porta-malas. Fui hostilizado e agredido com coronhadas e tapas?, relatou. O major Chehade ainda lembrou que os marginais disseram que iriam executar a vítima ?quando tudo terminasse?. Porém, a polícia chegou antes.

Mas, nem a polícia nem a vítima souberam explicar qual era a intenção dos bandidos. Segundo o major, eles não pediram nada ao médico. ?Agora, as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil, na delegacia de Colombo, onde o crime teve início?, afirmou Chehade.

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