O governo do Estado vai criar um banco de dados contendo DNA de criminosos. A iniciativa é pioneira no Brasil e visa catalogar os suspeitos quando forem detidos. Assim, se voltarem ao crime e deixarem vestígios, podem ser flagrados a partir das amostras.
O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas, o Sicride, já adota uma prática parecida, armazenando os nomes dos bandidos mais perigosos em um banco de dados. De acordo com a polícia, a maioria dos casos de pedofilia tem um perfil parecido e é comum ver pedófilos reincidirem no crime após cumprirem pena. Geralmente, são pessoas astutas que se “camuflam” em ambientes freqüentados por crianças. Bastante comum, também, é descobrir que pessoas próximas, como pais e padrastos, molestavam as crianças vivendo sob o mesmo teto.
Denúncia
Segundo informações do Disque-Denúncia da Secretaria Especial de Direitos Humanos, as denúncias de abuso e violência contra menores chegaram a 8.013 em todo o País, até o mês de outubro. Número este 12,5% maior que o registrado em 2007. O Paraná é o nono estado em número de denúncias, tendo registrado 311 delas. Só neste ano, quatro casos de estupro e assassinato contra crianças escandalizaram o estado.
O primeiro deles, o caso da menina Rachel, ainda não teve resolução. Um suspeito chegou a ser preso, mas os exames de DNA comprovaram que ele não foi autor do crime. Ainda assim, ele ficou detido, já que era foragido da polícia. Ele já havia cumprido pena por violência sexual contra crianças, mas ainda não tinha respondido legalmente por molestar um garoto de 5 anos, no litoral paranaense.