Rede bem maior do que se previa

Um número bem maior de policiais civis e até militares podem estar envolvidos no esquema de pedofilia associada a extorsões, que, até agora, já indiciou 26 pessoas. A prova de que existiam ligações entre Luciana Polerá Correia, 21 anos, e outros policiais deverá ser obtida pela Justiça após o aparecimento do ?chip? do celular da jovem, que deverá ser entregue na próxima terça-feira à Justiça, segundo o advogado dela, José Feldhaus.

Feldhaus disse que o chip do celular contém pelo menos 150 nomes. ?Tem coisa pessoal, mas é uma prova indiciária, que poderá incriminar outras pessoas que ainda não foram denunciadas?, disse o advogado. Segundo ele, todas as informações que contém do chip já foram transcritas. Ele acredita que, com o surgimento de novos acusados, outro inquérito deverá ser instaurado para apurar os fatos novos, já que o processo atual está na fase de interrogatório dos 26 acusados, que irá acontecer no próximo dia 21.

Denúncia

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia 26 de junho deste ano, Luciana Polerá Correia Cardoso, 21 anos, mantinha uma agência de acompanhantes, em seu apartamento no bairro Fazendinha e em outro prédio no centro da cidade. Tudo transcorria normalmente, até um cliente, que não foi identificado nas investigações, solicitou uma adolescente para a prática de atos sexuais.

Luciana comentou o pedido do cliente com uma mulher, que teria sugerido a idéia de envolver policiais em um esquema para extorquir os clientes pedófilos. Para colocar a idéia em prática, Luciana teria convidado seu tio, Lincoln Lima dos Santos, 43 -ex-policial militar – que lhe apresentou os policiais lotados no 7.º Distrito (Vila Hauer). O esquema alcançou o 12.º Distrito (Santa Felicidade) e 4.º DP (São Lourenço).

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