Receptadores são presos em Pinhais

O grande número de furto de baterias que são instaladas nas torres de transmissão da telefonia celular motivou uma investigação, por parte da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), que ontem culminou na descoberta de um ferro-velho, em Pinhais, cujos proprietários estavam receptando o equipamento.

No local, além de baterias, foram apreendidos um revólver pertencente e um vigilante que foi vítima recente de assalto; uma motocicleta de origem ilícita e também um caminhão que estava carregado com fios de luz e de telefone, além de tampas de bueiros, hidrantes e até lápides de cemitérios. De acordo com o cálculo feito pelo delegado Luiz Carlos de Oliveira, titular da DFR, havia pelo menos uma tonelada e meia de cobre no caminhão.

Foram presos no ferro-velho a proprietária, Amábile Ferreira, 52 anos, e um funcionário, Salomão Gomes da Silva, 33. O dono, Alcides Cândido de Oliveira, não foi encontrado, mas poderá ter prisão preventiva solicitada por crime de receptação. Através do casal preso, a polícia pretende identificar os autores dos furtos.

Prejuízo

Do começo do ano até agora, segundo Oliveira, já foram registrados os furtos de pelo menos 500 baterias – principalmente das torres da Vivo. Cada uma custa em média R$ 1 mil, o que significa um prejuízo de R$ 500 mil para a empresa.

Investigando os furtos e monitorando suspeitos, os policiais chegaram até o ferro-velho, na Rua Jacob Macanhan, em Pinhais, e lá surpreenderam a proprietária e o funcionário, que não souberam explicar a origem dos objetos. Salomão também estava com uma moto modelo CG, cuja placa não coincide com as características do veículo, indicando que tem procedência ilegal. Um revólver Taurus, calibre 38, também foi encontrado. Pela numeração da arma foi possível apurar que pertence à empresa de vigilância Guarda Patrimonial do Paraná, e que estava em poder de um dos vigilantes que sofreu assalto recentemente. Os donos da empresa foram informados da apreensão e devem comparecer na especializada para recuperar a arma e até colaborar com as investigações.

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