Morte “programada”

Rapaz é escondido pelos pais, mas acaba morto na RMC

Pai e mãe foram baleados tentando proteger o filho, em vão, de um homicídio na madrugada de ontem (01). Uma garota de programa que foi rendida e levada para a casa dos supostos assassinos na hora do crime poderá ajudar a polícia a identificá-los.

Por volta das 3h, os atiradores invadiram a casa na Rua Tapajós, na Colônia Rio Grande, e perguntaram por Marcelo Martins dos Santos, 30 anos. Jeni Pereira dos Santos, 57, e José Martins dos Santos, 65, pais do alvo dos assassinos, tentaram escondê-lo e disseram que ele não estava em casa.

Quando deixavam a residência, porém, os atiradores ouviram a voz de Marcelo, e voltaram disparando contra todos. Marcelo morreu na hora. Jeni foi atingida no ombro, e José na barriga. O casal foi socorrido por uma equipe do  Siate e encaminhado ao Hospital São José.

A família se mudou há pouco tempo da Vila Osternack, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, para São José dos Pinhais, logo depois que Marcelo sofreu outro atentado.

Testemunha

Às 8h50, moradores da Rua Moacir Tomelin (que fica perto do local onde Marcelo e os pais foram baleados) ouviram mais tiros em frente a uma casa chamaram a Polícia Militar. No local eles encontraram uma garota de programa de 45 anos, gravemente ferida, vítima de estupro e agressões.

Com muita dificuldade, ela relatou que foi contratada para fazer um programa no início da madrugada, mas logo descobriu que se tratava de um seqüestro. Ela foi mantida dentro da residência dos rapazes que a buscaram, e foi obrigada a limpar o local depois de ser abusada e agredida. Enquanto isso, alguns deles saíram entre as 2h e as 4h, horário em que Marcelo foi morto.

De acordo com ela, eles retornaram contando que “apagaram” uma pessoa e que cometeram alguns roubos. A quadrilha ainda fez compras com os cartões da mulher. Durante a manhã ele saíram em um Pálio branco atirando para o alto e a abandonaram na frente casa, levando seus pertences.

A garota de programa foi socorrida por uma equipe do Siate e encaminhada ao Hospital São José. A equipe da delegacia local conta com informações dela e da mãe de Marcelo, que está consciente e pode conhecer os assassinos (já que eles supostamente moravam perto de sua casa), para solucionar o crime.