Quebradeira promovida pela população também é alvo de investigações

A delegacia de Rio Branco do Sul, responsável pela investigação do latrocínio (roubo com morte) que vitimou a garota Tayla Michele Agne de Faria, 15 anos, ocorrido às 14h15 de sexta-feira, em Itaperuçu, e do quebra-quebra que aconteceu no início da noite, promovido pela população revoltada, informou ontem que os trabalhos já estão adiantados e durante a semana possivelmente os responsáveis pelo assassinato serão identificados.

Segundo o superintendente Mendes, quatro pessoas já foram apontadas como suspeitas do crime, mas como na ocasião do assalto havia apenas um homem que fugiu em uma moto, as informações estão sendo apuradas. ?Sabemos que a moto utilizada para a fuga foi roubada em Pinhais, no dia 28. No entanto, a Polícia Militar abordou, na tarde de sábado, dois motoqueiros suspeitos e apurou que eles também estavam com uma moto roubada na região metropolitana, no mesmo dia?, explicou o policial. Naquela ocasião apenas um foi preso. O outro conseguiu fugir.

Quanto à revolta da população, o policial disse que nada justifica o quebra-quebra que aconteceu no início da noite de sexta-feira. ?As pessoas podem reivindicar, protestar e exigir mudanças, mas nunca usar a força e destruir o patrimônio público. Já identificamos cerca de 20 pessoas e todos serão intimados para esclarecimentos?, completou.

Tayla Faria, 15, estava na panificadora de propriedade da família dela, quando foi baleada na boca por um assaltante, que usava uma moto Titan azul placa ANU-7690, roubada dias antes em Pinhais.

Por volta de 19h30 populares iniciaram um protesto pela morte da garota, que acabou em quebra-quebra e saques a quatro órgãos públicos da cidade e a uma agência do Banco do Brasil, anexa à Prefeitura.

Os baderneiros aproveitaram o protesto para quebrar um módulo da PM, de onde retiraram todos os móveis e os queimaram no meio das ruas. A Câmara de Vereadores também foi apedrejada e a delegacia ?depenada?. Diversos documentos foram estragados e objetos de valor, como computadores e outros equipamentos, roubados. Os últimos alvos foram a Prefeitura e a agência do Banco do Brasil.

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