Quatrocentas crianças são atropeladas por ano em Curitiba

As crianças, juntamente com os idosos, são as maiores vítimas de atropelamentos no Brasil. Só em Curitiba, o Siate atende, anualmente, a cerca de 400 meninos e meninas atropelados. Muitos deles, devido à gravidade dos ferimentos, não sobrevive. Os dados mais recentes sobre o assunto divulgados pelo Ministério da Saúde são de 2003 e indicam que, naquele ano, 1.192 crianças com menos de 14 anos morreram no País por atropelamento.

Com a intenção de diminuir esses números, a organização não-governamental Criança Segura – em parceria com a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e de Santa Catarina (Fepasc) – iniciou ontem, em grande parte dos municípios paranaenses, uma campanha de conscientização e prevenção.

Na capital foram fixados cartazes informativos em 1.600 ônibus do transporte coletivo. ?É apenas através da conscientização que vamos conseguir evitar atropelamentos?, comenta o superintendente da Fepasc, Roberto Teixeira de Freitas.

Perto de casa

Segundo a presidente da Criança Segura, Alessandra François, em Curitiba existe um perfil de crianças atropeladas que reflete a realidade mundial. As maiores vítimas costumam ser meninos (existe dois meninos atropelados para cada menina) e com idade média de sete anos. Na maioria das vezes, os acidentes acontecem no bairro de moradia da vítima e no final da tarde, quando a luminosidade é menor.

?São diversos fatores que levam aos atropelamentos. Entre eles: a criança atravessar a rua desacompanhada, não tendo condições de avaliar sozinha distâncias, tempo e velocidade dos veículos; ausência de calçadas, faixas de pedestres e semáforos; não redução de velocidade por parte dos motoristas; e pouca abordagem de questões ligadas ao trânsito nas escolas?, afirma.

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