Doze pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que fraudava financiamentos de veículos, no oeste do Paraná, foram presas ontem durante a Operação Parcela. O delegado Júlio Reis, da 20.ª Subdivisão da Polícia Civil de Toledo informou que o grupo agia desde o ano passado e o prejuízo das financeiras ultrapassa meio milhão de reais. Durante a operação também foram apreendidos falsos holerites, documentos de veículos, carnês de financiamentos, uma arma de fogo, computadores e documentos falsos. Nove prisões aconteceram em Toledo, uma em Marechal Cândido Rondon, outra em Cascavel e a última em Pato Bragado.
O delegado disse que o chefe do grupo, Marcos Antônio da Silva seria quem encontrava as pessoas e fazia a proposta do ?empréstimo? do nome, para que fossem feitos os financiamentos de compra de veículos. Em seguida, providenciava o restante da documentação falsa. Para confirmar vínculo empregatício, os golpistas forneciam o telefone da empresa de terraplenagem de Edgar Francisco Della Costa. Devanir Fiorentin e seu irmão Delir Fiorentin, que trabalhavam como vendedores de uma concessionária são acusados de usar a empresa para facilitar os golpes. Devanir foi preso ontem. Delir está foragido, mas avisou a polícia que irá se apresentar em breve. O sócio de uma revendedora de veículos Clair José Vanzzo é acusado de fornecer documentos falsos.
Os policiais apuraram que Janete Diedrich Schenckel seria quem intermediava a receptação de motocicletas de Marechal Cândido Rondon para o Paraguai; Sérgio Ruiz Baptista, encomendava as adulterações de documentos, e Robson Almeida seria quem adulterava os documentos. Já Crislaine Pereira Paz Dias, José Manuel da Silva, Domingos Belém e Antônio Soares são acusados de utilizar o próprio nome com outros dados falsos para fazer os financiamentos. João Batista Osório era quem transportava as motocicletas, em pequenas embarcações para o Paraguai.