Provas incriminam policiais da região de Foz

A cada dia de investigação surgem novas provas de envolvimento de policiais rodoviários federais no esquema de corrupção na região fronteiriça de Foz do Iguaçu. Ontem foi dada continuidade na formalização do material apreendido pelos policiais federais que participaram da operação “Trânsito Livre” na última terça-feira, dia 9.

Conforme dados da assessoria da PF, até agora foram contabilizados os materiais e dinheiro apreendidos em 20 dos 50 locais que foram vistoriados. “O volume de dinheiro apreendido na casa de policiais rodoviários fica cada vez maior. Até agora beira os R$ 70 mil e U$ 2.200. Além do dinheiro, novas provas estão sendo obtidas. São agendas de telefone e anotações com nomes de outras pessoas que provavelmente têm envolvimento com o esquema e que serão investigadas”, disse o assessor de comunicação da PF, Marcos Koren.

Nas residências vistoriadas também foram encontrados carros, perfumes, relógios, armas, munição entre outros objetos que serão alvo de averiguação. “Queremos saber se esse material é fruto de contrabando, se foi desviado ou se os envolvidos ganharam como “presentes” por facilitarem a passagem do contrabando”, explicou o assessor.

Interrogatório

Até o início da tarde de ontem, 12 policiais rodoviários haviam sido ouvidos. Eles negaram envolvimento em qualquer esquema. Quando indagados sobre a origem do material e do dinheiro apreendidos, preferiram ficar calados. Nos próximos dias a PF deverá pedir a quebra do sigilo bancário dos suspeitos.

De acordo com a PF, acredita-se que o esquema chegava a movimentar R$ 1 milhão por mês. Além do contrabando, os acusados podem estar também envolvidos no tráfico de drogas, principalmente maconha, que estaria sendo transportada nos ônibus de sacoleiros.

Voltar ao topo