Procurado mandante de homicídio

A polícia de Rio Negro continua as buscas ao suspeito de ser o mandante do assassinato do advogado Edson Rebelo, morto a tiros no dia 1.º de agosto por três homens, após uma emboscada, naquela cidade. De acordo com o delegado Armando Braga, está confirmado que Jair Martinez, 53 anos – um informante da polícia que está foragido – é o principal suspeito. Ele havia sido apontado por Daniel Silva de Abreu, 29; Lourival Elias dos Santos,42; e por um terceiro homem que usou o nome falso de Eduardo Aparecido de Moraes, como sendo a pessoa que os contratou para seqüestrar e matar o advogado. Também teria sido Martinez quem forneceu as armas – duas pistolas calibre 380 – para a execução. O suspeito, que está com prisão decretada, teve sua identificação confirmada ontem, afirmou o delegado Braga.

Os três homens que fizeram a emboscada e mataram Rebelo foram presos logo depois do crime, quando fugiam de Rio Negro em direção a Curitiba pela BR-116. Porém Eduardo Moraes não ficou nem dois dias no xadrez: escapou da carceragem da delegacia de Campo do Tenente e continua foragido. O delegado Armando Braga enviou as impressões digitais dele para o Instituto de Identificação do Paraná e recebeu ontem o resultado: o homem não tem registro de identidade no Estado. “Vamos agora fazer uma busca em Santa Catarina para tentar descobrir o nome verdadeiro desse foragido”, disse o delegado.

Peça-chave

Mais importante do que a identificação do foragido, porém, deve ser a captura de Jair Martinez, tarefa na qual policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) estão auxiliando Armando Braga. Martinez é a peça-chave para esclarecer todos os detalhes sobre a execução de Edson Rebelo.

Conforme apurado pelas investigações, Rebelo vinha sendo seguido pelo policial civil Flávio Bonato, que fazia um trabalho de investigação particular. Bonato, que está lotado na delegacia de Pinhais, havia sido contratado pelo empresário José Alfredo Rauen, que é da região de Rio Negro. O objetivo de Rauen, que tinha litígios judiciais com Rebelo, era descobrir “fatos desabonadores” sobre a vida pessoal do advogado para usá-los em processos.

Bonato, porém, não descobriu nada sobre o advogado e acabou “terceirizando” o serviço de investigação particular. Para isso, contratou informalmente Jair Martinez. Esta foi a história contada pelo policial civil ao delegado Armando Braga. Bonato foi detido na semana passada, depois de ser interrogado, mas ontem a Justiça o liberou da prisão. O que ainda não se sabe é como e porquê Martinez teria ordenado o assassinato do advogado Rebelo, uma vez que este não seria o objetivo inicial da investigação particular.

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