Depois de tomar o café da tarde com a mulher, Luís Carlos Miranda, 42 anos, convidou-a para passear no Parque Iguaçu, Boqueirão. Os dois caminhavam pela ciclovia, quando foram surpreendidos por um motoqueiro, que matou Luís com dois tiros na cabeça, às 19h30 de domingo. A vítima havia saído da Colônia Penal Agrícola na sexta-feira e teria de voltar à prisão na segunda. A polícia trabalha com a hipótese de vingança.
Os guardas-municipais do Parque Náutico – Furquin e Maribel – foram os primeiros a ser avisados por transeuntes. “Quando chegamos a vítima ainda apresentava pulsação e chamamos o Siate”, descreveram. Mas Luís morreu em seguida, ao lado da companheira Lenir dos Reis Prado Miranda.
Para o sargento Paulo Sérgio e soldado L.Rocha, do Regimento de Polícia Montada, RPMont, Lenir contou que eles andavam pela ciclovia, apesar da escuridão total da região, quando foram surpreendidos. Um homem em uma motocicleta teria parado, descido e atirado contra a vítima. “Ela disse que foi empurrada e ainda pediu para que o assassino não atirasse contra seu marido”, relatou o sargento.
Vingança
A mulher não soube dar nenhuma característica do homem que atirou. De acordo com levantamento do perito Fontoura, da Polícia Científica, a vítima foi atingida por dois disparos na cabeça, um deles no rosto.
Lenir disse que Luís estava preso há cerca de cinco meses, mas ela não tinha conhecimento por qual motivo. Segundo os investigadores José Luiz e Edson, da Delegacia de Homicídios, as características do crime levam a crer em vingança ou acerto de contas. “Ele pode ter marcado um encontro com alguém, nesse lugar, pois aqui é escuro e deserto na hora em que ocorreu o crime”, comentou o policial.