Araucária

Presa quadrilha que assaltava ônibus de sacoleiros

Cinco homens foram presos dentro de casa, no Jardim Itaipu, em Araucária, na madrugada de quinta-feira e apresentados ontem pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Eles são acusados de integrar um grupo especializado em assaltar ônibus de sacoleiros que iam ao Paraguai. Os bandidos se passavam por passageiros e davam voz de assalto no meio da viagem.

Policiais do Cope verificaram a denúncia sobre o paradeiro de um Zafira roubado e chegaram ao endereço. Eles encontraram o carro e detiveram Acássio da Silva, 29 anos, Cristiano do Nascimento Giroti, 26, Jorge Macarrone de Oliveira, 39, Marcelo José da Silva, 32, e Ronaldo Ferreira da Silva, 35. Todos foram autuados por receptação, contrabando, descaminho e porte ilegal de armas.

Material

Na casa foram encontrados R$ 23 mil, 21 cheques assinados em diversos valores, 100 pacotes de cigarros paraguaios, equipamentos eletrônicos, computadores, uma pistola e uma espingarda calibres 22, dois coletes à prova de balas e uma touca balaclava.

“O material encontrado nos levou a crer que o quinteto assaltava os passageiros. Trata-se de uma quadrilha perigosa”, concluiu o delegado do Cope, Alexandre Macorin. Os detidos, porém, alegaram que moravam juntos e que trabalhavam como pedreiros em Curitiba, mas entraram em contradição. A polícia apurou que eles não trabalharam em nenhuma construção.

Os cinco são de cidades diferentes e suspeita-se que eles estejam envolvidos em assaltos a ônibus de turismo praticados em Curitiba e no interior. Com a prisão do grupo a polícia pretende localizar as vítimas.

Passagens

Três integrantes da quadrilha têm antecedentes criminais. Acássio foi preso em 2009 por contrabando de cigarros e, dois anos depois, por falsificação de documentos e uso de documentos falsos. Cristiano foi preso pela Polícia Federal de Guaíra por contrabando, descaminho e formação de quadrilha. Ele foi solto no mês passado. Ronaldo foi preso pelos mesmos crimes em 2010, em Ponta Grossa.

Marco Charneski
Material recolhido aumentou as suspeitas.