Não passou pela cabeça de dois assaltantes de moto que sua vítima poderia ser um policial. O investigador Adenir, da delegacia de Pinhais, reagiu à ação e atirou nos bandidos, às 21h40 de domingo. Um deles caiu sem vida na Rua XV de Outubro, esquina com Wanda dos Santos Mulmann, Vila Tarumã, em Pinhais, e o outro morreu pouco depois de ser levado ao hospital local. O policial levou um tiro na mão e passa bem.
Adenir, que não estava em serviço, pilotava sua Honda Titan placa ALX-4401, de Pinhais, ao ser abordado pelos dois homens armados. Ele derrubou a moto de encontro a um deles, mas foi temporariamente rendido. Depois de entregar chaves da moto, pertences e a jaqueta aos bandidos, o investigador sacou uma pistola calibre 380 e atirou cerca de dez vezes.
Um dos assaltantes, baleado no ombro, pescoço e peito, caiu junto à moto e morreu na hora. O outro trocou tiros com o investigador e fugiu correndo em direção a um bosque, ao lado da Prefeitura de Pinhais.
Adenir chamou reforço e depois de algumas buscas o segundo assaltante foi encontrado agonizante no mato, com quatro tiros no peito e um no pulso. Levado pela polícia ao Hospital e Maternidade Pinhais, ele não resistiu e morreu ainda na noite de domingo. O policial, baleado num dedo da mão esquerda, foi socorrido pelo Siate e em seguida liberado.
Evadidos
O bandido que morreu ao lado da moto carregava um cartão da Urbs em nome de Gilson da Silva, mas a polícia vai investigar se era essa sua real identidade. O que morreu no hospital tinha aproximadamente 28 anos e não havia sido identificado até a tarde de segunda-feira.
O delegado Gerson Machado, de Pinhais, desconfia que os mortos eram fugitivos da Colônia Penal Agrícola de Piraquara. “Eles tinham várias tatuagens pelo corpo, características de presidiários”, explicou. Um revólver calibre 38 usado, com numeração de série danificada, foi apreendido pela polícia. A outra arma que teria sido usada pelos assaltantes não foi encontrada.