Envolvimento em roubo de caixas eletrônicos e formação de quadrilha seriam as acusações que pesam contra o soldado da Policial Militar Emerson Rodes Marques, 33 anos, preso anteontem por investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos. Rodes teria sido denunciado por outro preso – Adriano Aparecido da Silva – em cuja casa foram apreendidos um Honda Fit e um Fiorino branco, carros utilizados para os roubos de caixas em fevereiro deste ano.
O advogado Mário Lúcio Monteiro Filho, defensor de Rodes, informou, ontem, que vai entrar com pedido de habeas corpus, já que, segundo ele, não há nada de concreto no inquérito que incrimine o PM.
Segundo o advogado, em 23 de março, Adriano foi preso, interrogado e citou alguns nomes de membros da quadrilha, mas não teria falado nada a respeito de Rodes. Dias depois, em novo interrogatório, citou o PM como integrante do grupo. Foi expedido um mandado de prisão e outro de busca e apreensão, cumpridos na casa do policial. Ainda de acordo com a defesa, nada de incriminador foi encontrado na residência e Rodes não reagiu à prisão.
Choque
Ainda ontem, o comando da Companhia de Choque da Polícia Militar emitiu nota informando que o soldado Rodes não pertence às Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), conforme foi divulgado. Segundo a nota, o policial ingressou na PM em 1.º de março de 2001, passou pela Rone e, em 25 de maio de 2004, foi remanejado para outro setor. Atualmente ele estaria lotado no Centro de Operações Policiais Militares (Copom), que faz parte do Comando do Policiamento da Capital (CPC) e em licença para tratamento de saúde, quando foi preso. (MC e GU)