Policial é flagrado ao extorquir advogada

Acusado do crime de concussão (obtenção de vantagens ilícitas mediante ameaça), o superintendente do 13.º Distrito Policial (Tatuquara), Antônio Olívio da Silva, 54 anos, foi preso no último final de semana em Itajái (SC). A mulher dele, Tânia Mara da Silva, 44, também foi autuada por porte ilegal de armas e co-autoria da concussão.

O policial foi denunciado pela advogada Ana Cristina de Assis Pereira. No mês de setembro ela comprou o Corsa, placa LYV-3096, de Curitiba, que pertencia à mãe de Tânia. Depois de receber R$ 7 mil, referente à primeira parcela do pagamento do carro, Tânia registrou uma queixa de furto do veículo na delegacia que o marido trabalha. A partir daí, Olívio passou a fazer ligações para a advogada, forçando-a a devolver o Corsa.

Como havia uma ocorrência de furto registrada no distrito, Olivio passou a telefonar para a advogada exigindo que ela viesse de Santa Catarina para Curitiba para prestar depoimento. Na delegacia, o policial propôs que eles fizessem um acerto para “esquecer o assunto”. Pediu R$ 20 mil, quantia que poderia ser parcelada: a vítima daria 5 mil de entrada e receberia parte do inquérito policial número 152. Conforme fosse realizado o pagamento de outras parcelas, novas partes do inquérito seriam entregues. Diante da situação a advogada denunciou o caso.

Prisão

Um novo encontro entre o policial e a advogada foi agendado para acontecer no Fórum de Itajaí. No local foi montado um esquema para pegar em flagrante o casal. Das janelas do Fórum os investigadores filmaram toda a operação que culminou na prisão. Na bolsa de Tânia os policiais encontraram um revólver, uma carteira de cigarros que continha o telefone da vítima anotado, parte do inquérito policial e os R$ 5 mil que a advogada acabara de entregar.

A prisão do casal foi resultado de uma operação entre a Divisão de Investigações Criminais (DIC) e a Coordenadoria de Apoio e Investigações Especiais do Ministério Público.

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