Policiais querem atualização salarial e critério na política de promoções

Mais de dez anos se passaram da lei complementar 84/98 que exige nível superior nos concursos da polícia, mas a exigência acabou provocando uma distorção já que a qualificação do efetivo melhorou sem a devida atualização na remuneração do profissional.

Como vistas a corrigir isso, investigadores, escrivães e papiloscopistas (peritos) vão se reunir na próxima terça-feira (17), às 17h, na Rua Piquiri, nº 380. O objetivo é que desse encontro saiam as diretrizes que o Sipol seguirá para negociar com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) sobre a equiparação dos valores pagos aos profissionais de nível superior no estado.

De acordo com o Sipol, 90% dos investigadores, escrivães e papiloscopistas em atividade no Paraná possuem curso superior. “Desde 1995, quando começou a se discutir os termos que deram origem a lei 84/98, os policiais procuraram investir na sua qualificação, porém, até agora, isso não se reverteu em uma remuneração adequada”, critica o presidente do Sipol, Roberto Ramires.

Atualmente, o piso de ingresso desses profissionais é de R$ 2,3 mil, enquanto para os demais profissionais concursados com nível superior o salário de ingresso é de R$ 2.660. “Essa é uma das principais mágoas da categoria. Os policiais arcaram com a sua formação, para depois não serem reconhecidos”.

Outro ponto que Sipol pretende avançar neste ano é no que tange a criação de uma política transparente e com critérios justos de promoção. “Por mais de 30 anos as promoções se deram de forma fraudulenta, tanto que a Justiça acatou nosso questionamento”, afirma Ramires.