Policiais federais protestam com bolo

Policiais federais, em greve há uma semana, fizeram um protesto ontem em Curitiba. Eles cantaram parabéns e comemoraram, com um bolo, o aniversário de oito anos da Lei 9.266/96, que transformou todos os cargos da Polícia Federal em de nível superior. Entretanto, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef-PR), Naziazeno Florentino Santos Júnior, a lei não é cumprida. “Apenas delegados e peritos recebem como cargo de nível superior, as demais funções (agentes, papiloscopistas e escrivães) recebem como cargo de nível médio”, reclamou.

Conforme o sindicalista, o salário inicial em média de um policial federal é de R$ 3 mil. Se a lei fosse cumprida, ele subiria para cerca de R$ 4 mil. “Todos os policiais federais cumprem a lei. Só são aceitos no concurso se realmente tiverem nível superior”, explicou.

Dos 550 policiais federais do Paraná, distribuídos nas cidades de Curitiba, Paranaguá, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Guaíra e Maringá, cerca de 400 trabalham nas funções que são prejudicadas. “Adesão à greve é total. Todos que recebem menos estão paralisados, à exceção de alguns que estão mantendo os serviços essenciais”, relatou Santos Júnior.

Padrão

O presidente do sindicato destacou que os policiais de Foz do Iguaçu estão fazendo a chamada operação padrão na fronteira. Ao invés de fazer a fiscalização nos veículos por amostragem, todos eles estão sendo rigorosamente revistados, causando grandes filas. “Outra reivindicação da categoria é a contratação de pelo menos 1,5 mil agentes administrativos. No Paraná seriam necessários pelo menos cem”, explicou.

Toda a negociação para o retorno ao trabalho está sendo feito pela cúpula do movimento, em Brasília. “Nós não temos hora para voltar. Faz uma semana, mas não tem problema. Em 94 fizemos uma greve de 63 dias”, lembrou.

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