Água Verde

Policiais civis se disfarçam e prendem golpista

Investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) se disfarçaram de entregadores de um hipermercado e prenderam Maria Luiza Laverdi, 52 anos, suspeita de fazer compras pela internet usando dados de cartões de crédito de terceiros. Ela foi detida em casa, no Água Verde, e autuada por estelionato.

Segundo o delegado Amarildo Antunes, titular da DFR, Maria só percebeu que os entregadores eram policiais quando recebeu voz de prisão. “Ela mentiu várias vezes, se ajoelhou, mas agora não adianta mais”, disse o delegado.

Maria fez duas compras, na quinta-feira (31), no mesmo hipermercado. A farsa foi descoberta quando a titular de um cartão de crédito, de Santa Catarina, recebeu mensagem do banco pelo celular, informando sobre a compra.

Caderno

Na residência de Maria, a polícia encontrou um caderno com dados de nove cartões de crédito e os valores das compras feitas com cada um deles, para não estourar o limite. Pelas anotações, Maria teria gasto R$ 4,2 mil em compras pela internet.

“Ela tinha nomes, números de cartão, de CPFs, de RGs e as senhas. Tudo isso é conseguido com aparelhos instalados nos caixas eletrônicos chamados de “chupa-cabras’”, afirmou o delegado. Segundo ele, Maria é aposentada e tem renda mensal de R$ 2 mil.

Versões

Em depoimento, ela apresentou três versões. “Primeiro, disse que passa por dificuldade financeira e que foi a mãe dela, de 76 anos, que efetuou as compras. Depois, alegou que encontrou um papel no ônibus com os dados de vítimas. Já na terceira versão, ela contou que trabalhou no Bamerindus, em 1995, e sabia que as vítimas seriam ressarcidas. Por isso, não ficava com peso na consciência”, disse o delegado.

A polícia tenta descobrir como Maria conseguia os dados. “Temos que descobrir se ela pagava pelas informações ou se fazia parte de uma quadrilha. Se ela conseguia as informações e efetuava a compra para o bando”, disse o delegado.