Violência

Polícia tem dois suspeitos para morte de psicóloga

A polícia já tem o nome de dois suspeitos de terem assassinado a psicóloga e professora Telma Fontoura, 53 anos, em Pontal do Paraná. O corpo deveria ter sido cremado ontem, mas a polícia interrompeu a cerimônia para que novos exames sejam realizados no Instituto Médico-Legal, em Curitiba.

O delegado José Antônio Zuba Oliva, de Ipanema, disse ontem que um dos suspeitos está sendo monitorado e o outro sumiu. Não se tratou de roubo, pois Telma tinha deixado em casa até o celular quando saiu para fazer uma caminhada pela praia, por volta das 16h de domingo. A possibilidade de crime passional foi descartada pela polícia, já que o assassinato parece ter sido um ato de momento, sem planejamento.

Ontem quatro pessoas foram ouvidas na delegacia.

Pistas

O Instituto de Criminalística poderá indicar à polícia mais pistas. Ontem à tarde, o perito Amilton Mendes da Silva, responsável pelo caso, retornou ao local do crime. Sabe-se que a psicóloga foi esganada com um cordão, semelhante aos usados por motociclistas para carregar a chave da moto no pescoço.

Uma fonte do Instituto Médico-Legal de Paranaguá, onde foi feita a primeira necropsia, informou que o material colhido da vítima será enviado hoje para Curitiba. O resultado, que deve ser comparado aos demais exames realizados de ontem para hoje, deve ser conhecido em, no máximo, 20 dias. Ainda segundo a fonte, não havia indícios aparentes de que Telma tenha sido violentada.

Passeio

O corpo da psicóloga foi encontrado por volta de meio-dia de segunda-feira. Ela estava enterrada em uma cova rasa, cerca de três quilômetros distante da casa da família. Telma era psicóloga, mestra em psicologia infantil e trabalhava há 27 anos como professora na PUC-PR, nos cursos de Psicologia, Odontologia, Nutrição e Enfermagem. A universidade divulgou nota de pesar lamentando o ocorrido, colocando a instituição a disposição da família e apostando na eficiência da polícia para a solução rápida do caso. Ela tinha uma filha de 18 anos, com quem morava em um apartamento em Curitiba. Desde a infância a psicóloga frequentava o litoral do Paraná e era bastante conhecida em Shangri-lá.