Polícia prende matador de aluguel na Vila Trindade

Apontado pela polícia como sendo o "matador de aluguel", que age no bairro Cajuru a mando de traficantes, Sérgio Rodrigues, mais conhecido como "Serginho", 26 anos, foi preso ontem pela manhã, na Vila Trindade, por policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), vinculado à Promotoria de Investigação Criminal (Pic). "Serginho" tem contra si seis mandados de prisão decretados, sendo cinco por homicídio e outro por roubo.

O delegado Vinícius Augustos de Carvalho, que comandou a operação, informou que os policiais receberam informações de que um homem, temido na Vila Trindade, seria autor de diversos homicídios. Ontem pela manhã, eles foram até a casa de Sérgio, na Rua Tunísia, 61, e o prenderam quando ele saía para trabalhar como colocador de esquadrias de alumínio, em uma empresa. "Nossas informações são de que ele seria matador de aluguel e agia a mando de traficantes do bairro, eliminando seus desafetos", salientou o delegado.

Vinícius não soube informar por quais crimes "Serginho" responde. Só que o rapaz tem dois mandados expedidos pela 2.ª Vara Criminal de Curitiba, uma pela 8.ª Vara Criminal e três pela Vara de Inquéritos Policiais da Capital sendo que, destes, dois foram instaurados pelo 6.º Distrito e outro pela Delegacia de Homicídios. Os mandados foram expedidos entre 2002 e 2005.

O delegado disse que a primeira fase da investigação foi prender "Serginho". "Agora partimos para a segunda fase, que é apurar quem foram as vítimas e quem foram os mandantes. Além de outros crimes praticados por ele", adiantou o delegado.

Vinícius ressaltou que o perfil de "Serginho" não é de um assassino comum. "Ele não é traficante, não é viciado, não freqüenta bares. É caseiro e trabalhador", relatou o policial. O rapaz é casado e pai de dois filhos, sendo um de 2 anos e outro de apenas 11 meses.

Versão

"Serginho" só confessou um homicídio, que teria acontecido em 2003. "Eu matei um tal de Alex, conhecido como "Chuchu". Não foi a mando de ninguém e nem ganhei nada para isso", alegou. "Este rapaz tinha matado uma moça grávida. Só fiz justiça", justificou o acusado.

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