Polícia prende falso técnico de TV a cabo

Ter acesso irrestrito e por tempo indeterminado a todos os canais de TV a cabo pagando taxa única, que varia entre R$ 500 e R$ 600, era o serviço oferecido pelo técnico em informática, Francisco Xavier Gonzales Brever, 31 anos. Porém, a maracutaia do "especialista" chegou ao fim na manhã de ontem, quando investigadores do 1.º Distrito Policial o prenderam em flagrante, de posse de diversos aparelhos codificadores desviados das empresas TVA e NET.

Francisco foi preso depois que a coordenadoria Anti-Pirataria Sul da TVA recebeu uma denúncia anônima de que o técnico em informática estava fazendo instalações irregulares do produto.

Quando chegaram na casa dele, no bairro Xaxim, os funcionários da empresa avistaram uma antena que recebe sinais da tv a cabo, instalada no quintal. Munida de fotos, a empresa acionou a polícia e, na manhã de ontem, os investigadores voltaram na residência, onde apreenderam vários aparelhos das empresas NET e da TVA, sendo que desta última foram recolhidos 35 codificadores e 9 placas – usadas para montar outros aparelhos. Preso em flagrante, Franscisco foi levado ao 1.º DP, onde foi autuado pelo delegado Andrei Cordeiro pelos crimes de estelionato, receptação e furto de sinal.

O coordenador do núcleo Anti-Pirataria Sul da TVA, Marcos Novak, explica que os codificadores são desviados através de furtos nos carros das empresas de tv a cabo ou por criminosos que pedem a instalação do serviço e depois não pagam mais as mensalidades. Quando os funcionários voltam à residência para retirar o aparelho a pessoa já mudou de endereço.

Aparelhos valiam R$ 11 mil

Os "clientes" que se apoderam dos codificadores de tv a cabo os revendem aos "técnicos estelionatários", como Franscico, por R$ 100. Os aparelhos então são habilitados e revendidos para outros consumidores por até R$ 600.

Para a empresa, cada codificador custa em média R$ 300. Os aparelhos apreendidos pela polícia foram avaliados em mais de R$ 11 mil, mas como são revendidos pelo dobro do preço, eles seriam comercializados por, pelo menos, R$ 22 mil no mercado negro.

Para combater a fraude, a TVA montou uma equipe anti-pirataria, que costuma visitar seus clientes e verificar as instalações. Quando descobertos, os equipamentos são retirados dos consumidores e, caso este seja reincidente, é acionado judicialmente pela empresa.

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