Polícia divulga retratos de ladrões de edifício

A polícia divulgou ontem o retrato falado de dois dos homens que assaltaram os moradores do luxuoso Edifício Palais Lac Léman (Ecoville), no Mossunguê. O delegado Alfredo Dib, da Delegacia de Furtos e Roubos, teve dificuldade para conseguir que alguns dos moradores colaborassem na confecção dos retratos. “Na verdade o prédio foi invadido somente por oito homens e um deles estava mascarado. Só havia um fuzil e uma escopeta 12, o restante eram pistolas. Os próprios marginais é que disseram para as vítimas que eram 30 bandidos, mas não era tudo isto”, salientou o policial.

Um dos marginais foi descrito como mulato, aparenta 35 anos, é forte e tem aproximadamente 1,70 m de altura. O outro é moreno claro, tem cabelos castanhos, 1,74 m de altura, cerca de 22 anos. O delegado Alfredo Dib solicita às pessoas que tenham qualquer informação que possa ajudar a localizar os assaltantes que entrem em contato com a polícia, através do telefone 262-2800. Não é necessário se identificar. “Com a ajuda da população localizaremos com mais facilidade os marginais”, acredita. Dib acha que se a polícia conseguir colocar um dos assaltantes atrás das grades, o restante é uma questão de tempo.

Assalto

O roubo ocorreu na noite da terça-feira da semana passada, dia primeiro de julho. Deste então, policiais da Furtos e Roubos e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), tentam levantar pistas dos marginais. No dia seguinte ao assalto, os delegados Alfredo Dib e Luiz Carlos de Oliveira (titular do Cope), levaram dois escrivães até o prédio para ouvir as vítimas. Mas não obtiveram êxito. “Informalmente conseguimos algumas informações, mas nada oficial”, salientou Dib.

Dias depois, apenas quatro dos 11 moradores que tiveram seus apartamentos invadidos, procuraram a DFR para registrar o roubo oficialmente, mas nenhum deles soube informar o que exatamente os marginais levaram. “As vítimas ficaram de fazer um levantamento e retornar depois”, informou o policial. Mas ainda não retornaram.

Dib lembrou que no dia do assalto falava-se que os bandidos permaneceram três horas dentro do prédio e que saquearam 21 apartamentos. No dia seguinte, a notícia era de 19 apartamentos roubados. “Na realidade só foram 11. Eles também não tomaram os pertences dos estudantes de Direito do 5.º ano da Universidade Tuiuti que estavam fazendo uma festa no salão. Acho que era muita gente. Eles agiram rápido. Não permaneceram muito tempo”, disse o delegado.

Dib comentou ainda que no primeiro dia acreditava-se que os marginais levaram R$ 1 milhão; no dia seguinte, R$ 300 mil. “Há quem aposte que não tinha nem R$ 100 mil. Na verdade, não podemos falar porque oficialmente não foi levado nada, porque ninguém sabe o que roubaram”, enfatizou.

Investigações

O delegado informou ainda que as investigações continuam e, se as vítimas colaborarem, os outros cinco retratos falados poderão ser confeccionados nos próximos dias. “Não sei o que acontece. Estou trabalhando só com quadrilhas de assaltantes de residências nos últimos dias. Talvez as vítimas estejam ocupadas, trabalhando e por isto não puderam comparecer na delegacia”, comentou.

No momento o policial não descarta nenhuma possibilidade nas investigações. “A dica do roubo pode ter sido dada por qualquer pessoa. Também ainda não sabemos o que a quadrilha queria, pois não sabemos o que foi levado”, comentou o policial.

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