Carlos Tadeu de Oliveira Júnior, 21 anos, pintor, largou a bicicleta e correu quando foi chamado pela Polícia Militar. Recebeu voz de prisão no quintal da residência onde tentou se esconder, na Rua Sônia Maria Coimbra Kenski, Jardim Acrópole, Cajuru, às 10h45 de ontem. Contra ele, pesa a acusação de ter roubado mais de R$ 600,00 de um ônibus.
Só ontem de manhã, no Cajuru, a PM registrou dois assaltos a ônibus (linhas Jardim Acrópole e Centenário-Boqueirão) e um terceiro contra uma estação-tubo. Uma viatura do Regimento da Polícia Montada (RPMont), destacada para localizar os autores, fez rondas na região e encontrou com um rapaz vestido exatamente como descreveram as vítimas do Jardim Acrópole: blusa vermelha, calça preta e touca azul. Era Carlos Tadeu, que estava de bicicleta e fugiu ao ser abordado.
Reconhecimento
Após a captura, os PMs o levaram à empresa Cristo Rei. “Prontamente, foi reconhecido por motorista e cobrador”, disse o soldado Jeferson. Segundo as vítimas, o assaltante mostrou o cabo de um revólver e levou quantia bem acima da média dos roubos a ônibus: R$ 645,50. Mas nada foi encontrado com o pintor. “Ele passou pela linha férrea e correu pelo meio do mato. Certamente dispensou a arma e o dinheiro”, acredita o tenente Baran, do RPMont.
Apesar do reconhecimento, Carlos mostrou-se indignado com a prisão. “Sou inocente. Na hora do assalto, estava dormindo em casa”, garantiu. Ele sustenta que os funcionários da empresa de transporte não se empenharam em identificá-lo corretamente. “O cobrador mal me olhou e já disse é esse aí?. Quero que venham de novo e me vejam bem”, desafiou. Carlos disse ainda que fugiu da polícia porque a bicicleta que pedalava é muito vistosa, e temia que a PM a tomasse, alegando ser produto de furto.
O acusado, que já teve passagem pela polícia por porte de droga, foi encaminhado ao 6.º Distrito Policial (Cajuru).