Um cabo da Polícia Militar, de 44 anos, deu trabalho para os colegas durante toda a madrugada desta quarta-feira. Pouco antes 20h de terça-feira ele agrediu a esposa e a ameaçou de morte. Sobrou até para a empregada doméstica. As vítimas pediram socorro e conseguiram fugir, mas o cabo só aceitou se entregar quase nove horas depois.
Em depoimento, a esposa de 42 anos declarou que sempre foi vítima de agressões, mas nunca chamou a polícia. Na noite de terça, ela decidiu pedir socorro porque sentiu medo, já que ele chegou em casa a ameaçando de morte, com a arma em punho, durante uma briga por ciúmes. Para que a PM chegasse mais rápido, ela ligou dizendo que ele estava atirando.
Quando a viatura chegou na Rua Jacob Macanhan, bairro Emiliano Perneta, ela correu para fora da casa e explicou que não houve nenhum disparo, mas que ela e a empregada doméstica da família haviam sido agredidas. A equipe do 17º Batalhão deu voz de prisão ao cabo, porém ele não quis se entregar e se trancou em um depósito de bebidas de sua propriedade. Ele dizia que só sairia de lá morto, e que atiraria em qualquer um que quisesse entrar.
Policiais do Comando de Operações Especiais (COE) então foram acionados e iniciaram o processo de negociação. O cabo se entregou por volta das 5h. Ele foi encaminhado à Delegacia de Pinhais, onde o delegado Fábio Amaro o autuou em flagrante por violência doméstica. O policial pagou uma fiança de mil reais e foi liberado.
Apesar de o cabo ter toda a documentação que permite o porte de arma de fogo em casa, a arma que ele utilizava permaneceu apreendida por precaução. Segundo vizinhos, o cabo é aposentado e atuava no Batalhão de Polícia de Trânsito.