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| Veículos apreendidos com o bando. |
Em um minucioso trabalho de investigação, agentes da Polícia Federal de Guarapuava conseguiram desarticular uma das principais quadrilhas responsável pelo tráfico de lança-perfume no Paraná. Na quarta-feira foi preso Sandro Cardoso Siqueira e no dia seguinte Luiz Carlos Barella. Os policiais procuram agora Sebastião Ramos Machado. Os três seriam responsáveis pelos 14.400 frascos da droga que seriam vendidos na Bahia e foram apreendidos no último dia 13, em Francisco Beltrão.
De acordo com o delegado Maurício Todeschini, após a apreensão, quando foi preso apenas o motorista Lucir Pícolli, de 54 anos, os policiais da Delegacia de Polícia Federal de Guarapuava passaram a investigar os outros responsáveis pelo tráfico de lança-perfume na região sudoeste do Paraná. O resultado foi a prisão de Sandro, morador do município de Pranchita, que foi encontrado em um bar na cidade de Ampére, na última quarta-feira. No dia seguinte, agentes federais e policiais da Rotan, da 3.ª Companhia da Polícia Militar de Santo Antônio do Sudoeste, cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências e endereços comerciais de vários suspeitos, dentre eles, as de Luiz e Sebastião, proprietários de uma oficina mecânica em Pérola D’Oeste. Neste dia, Luiz, que é conhecido na região como "Kiko", foi preso, porém Sebastião não foi encontrado e passou a ser procurado pela polícia. Desde o ano passado, ele vinha sendo investigado pela Polícia Federal, como suspeito de ter participado da remessa de 1.200 frascos de lança-perfume, apreendidos em Araçatuba, São Paulo. Na ocasião, Celso Amâncio de Oliveira, conhecido por "Celsinho", também integrante da quadrilha, foi preso.
Rota
Além das prisões e apreensão de diversos documentos, foram apreendidos seis veículos, que os policiais acreditam que foram pegos como pagamento da droga enviada para a Bahia, uma vez que a maioria dos carros foi emplacada no Nordeste. Com isso, a Polícia Federal de Guarapuava acredita ter desmantelado uma das principais quadrilhas de tráfico de lança-perfume do Paraná.
Segundo o delegado Maurício Todeschini, a maioria dos frascos da droga que entram no país segue para a Bahia, onde há grande consumo deste tipo de entorpecente. Por sua vez, o lança-perfume não é fabricado no Brasil, vindo em grande quantidade de Buenos Aires, na Argentina. "Acredito que com a desarticulação deste grupo o Paraná deixará de ser rota de transporte de lança-perfume, porém as fronteiras de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul precisam ser ainda mais fiscalizadas", finalizou o delegado.