PF apura crime das amigas baleadas no porta-malas

A Polícia Federal, responsável pela investigação do seqüestro-relâmpago que feriu as amigas Tatiana Rorato Carneiro, 30 anos e Fabiane Herbaro Romeiro, 33, na madrugada de domingo, ainda não tem pistas do paradeiro dos marginais envolvidos. De acordo com o delegado Alcion Dale Carbonare, o inquérito policial já foi instaurado e o caso está sob total responsabilidade da PF, já que um dos policiais que entrou em confronto com os bandidos também foi ferido.

De acordo com Carbonare, o tiroteio teve início por volta das 4h da madrugada de domingo, quando três homens tentaram assaltar a praça de pedágio de São Luiz do Purunã, na BR 277. Antes, eles haviam seqüestrado as amigas em Curitiba, e tomaram em assalto o veiculo Astra, conduzido por Tatiana. Durante o assalto ao pedágio, as duas estavam trancaram no porta-malas do veículo.

Feridas

O que eles não contavam era com a presença de policiais federais no local, que naquele momento realizavam uma operação contra o tráfico de drogas. No tiroteio entre os bandidos e os policiais, as garotas que estavam presas no carro, também foram baleadas. “Como elas estavam trancadas, os policiais não imaginavam que poderiam atingir alguma vítima quando revidaram os bandidos”, afirmou o delegado.

Depois do tiroteio o trio fugiu com o veículo e o abandonou há cerca de quatro quilômetros do local do confronto. As garotas conseguiram levantar a tampa do porta malas e logo foram encontradas pela polícia e levadas para o Hospital Cajuru, em Curitiba. Fabiane foi baleada na perna e liberada logo após receber atendimento médico. Tatiana foi atingida na cabeça e permaneceu internada até a manhã de ontem, quando recebeu alta.

Perícia

De acordo com o delegado, o veículo está sendo analisado pelos peritos do Instituto de Criminalística. O Astra ficou crivado de balas, totalizando 14 perfurações. “Não sabemos se algum dos marginais foi ferido. A perícia está verificando se há sangue no bancos e se as marcas dos tiros indicam se algum deles foi atingido”, contou.

Seqüestro

O pesadelo das duas amigas aconteceu quando voltavam de um jantar. Por volta das 3h30, quando Tatiana deixava a amiga em casa, na esquina da Avenida Visconde de Guarapuava com Coronel Dulcídio, Batel, elas foram abordadas pelos marginais. As amigas foram obrigadas a passar para o banco de trás do veículo e, quando estavam nas imediações da Avenida Monteiro Tourinho, Mossunguê, tiveram de entrar no porta-malas do Astra.

Apesar das investigações estarem sob o comando da Polícia Federal, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), afirmou que está à disposição para auxiliar na busca e captura dos marginais.

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