Peças de carro levam a suspeitos de assassinatos

As peças de um veículo ligam os dois crimes envolvendo frequentadores do Rancho Brasil. Está preso um suspeito de matar dois recrutas do Exército, em dezembro, após desentendimento no estabelecimento, e a polícia não descarta que outras pessoas tenham participado do crime.

Algumas peças do Punto utilizado pelo matador foram colocadas no carro usado no assassinato de um motoboy, no estacionamento da casa noturna, no fim do mês passado.

No sábado, a Delegacia de Homicídios cumpriu sete mandados de busca e apreensão e prendeu, em São José dos Pinhais, um jovem identificado pela polícia apenas como Sérgio, 20 anos.

Ele é o principal suspeito de matar os militares Fernando Iskiersi e Abner Elias Cologi Taborda, ambos de 19 anos, na madrugada de 2 de dezembro. Câmeras de segurança filmaram o Punto vermelho do atirador, e a polícia descobriu que a placa havia sido adulterada.

“Apuramos que, após o crime, esse carro foi batido e remontado, numa oficina em São José dos Pinhais. O veículo não foi localizado, mas descobrimos que algumas peças foram colocadas no Punto usado no homicídio ocorrido no estacionamento do Rancho Brasil”, explicou a delegada Maritza Haisi.

O segundo crime aconteceu na madrugada de 27 de janeiro, e vitimou o motoboy Guilherme Henrique Dreer, 21, que morreu cerca de 10 dias depois no Hospital Cajuru.

Amigos

De acordo com a polícia, os autores dos dois crimes fazem parte de um grupo envolvido com furtos e roubos de veículos e tráfico de drogas. Durante a operação da DH, Sérgio foi preso na residência dos pais, em São José dos Pinhais, e numa oficina, no mesmo município, a polícia apreendeu peças do Punto usado no assassinato de Guilherme.

Na casa do suspeito, em Curitiba, a polícia apreendeu partes de motores de carros, uma balança de precisão e pequena quantidade de maconha. O detido negou envolvimento no crime.

A polícia acredita que o segundo homicídio esteja elucidado. O autor do crime, identificado apenas como Bruno, se apresentou na DH e confessou ter efetuado os disparos, motivado por uma rixa antiga entre ele e a vítima. O irmão e um amigo também estavam na hora do crime, mas, segundo a polícia, não teriam participação direta.