Paraná terá rede de delegacias contra o tráfico

O secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, anunciou, na manhã de ontem, em Curitiba, a formação de uma rede de delegacias especializadas no combate ao tráfico de drogas. Além da Delegacia Antitóxicos (Datox) de Curitiba, também receberão unidades semelhantes Foz do Iguaçu, Cascavel, Pato Branco, Londrina e Maringá. O anúncio foi feito durante a apresentação de Delazari na Escola de Governo. ?Estamos declarando guerra ao tráfico de drogas que, hoje, é responsável pela maioria dos crimes registrados no Paraná?, disse Delazari.

A rede será integrada com as polícias Federal, Rodoviária Federal e também com a PM e contará um banco de dados centralizado com informações captadas em delegacias e no Departamento Penitenciário. Os policiais das Datox em todo o Paraná terão ?carta branca? para atuar em todo o território estadual, sem jurisdição fixa. Além da instalação das novas delegacias, a Datox de Curitiba será ampliada.

Delazari apresentou ainda os números de apreensões de drogas no Estado, computados pelo sistema de 181 – Narcodenúncia, lembrando que, em 2006, houve o maior número de apreensões da história do Paraná. A quantidade de 334.107 pedras de crack, apreendidas em 2005, saltou para 684.401 em 2006. A apreensão de cocaína saltou de 671 para 931 quilos, no mesmo período. Em 2005, foram aprendidos 98.437 quilos de maconha, contra 131.986 quilos no ano passado.

As prisões também tiveram aumento significativo em 2006. Foram 4.621 homens e mulheres presos, 50% a mais que em 2005, quando foram realizadas 3.071 prisões. A apreensão de adolescentes teve crescimento surpreendente de 119% em relação a 2005: 1.260 contra 574.

Durante a reunião, Delazari apresentou o balanço das principais ações e resultados na área da segurança. O secretário citou o exemplo inovador do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) que, em quatro anos de atuação, prendeu cerca de 450 pessoas e investigou crimes da ordem de R$ 1 bilhão. Além da queda histórica no número de furtos e roubos de veículos em Curitiba, que foi o menor dos últimos 15 anos (18,4 por dia, contra 22,7 em 1991), e do combate ao tráfico de drogas, Delazari ressaltou o trabalho da polícia contra o furto e roubo de fios de cobre de cabos de telefone e de energia elétrica.

Mais carros, menos roubos

Apesar do crescimento da quantidade de veículos em Curitiba, o número de carros furtados ou roubados na capital paranaense atingiu o menor índice dos últimos 15 anos. Os dados, que já haviam sido divulgados pela Tribuna em 11 de janeiro, foram confirmados na manhã de ontem, pelo secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Em 1991, com uma frota de mais de 467 mil carros, havia, em média, 22,7 veículos furtados ou roubados diariamente. Em 2006, enquanto a frota aumentou para cerca de um milhão de carros, o índice caiu para 18,4.

Os principais responsáveis pela queda dos números, segundo o secretário, foram o combate aos desmanches ilegais e a forte fiscalização da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Delazari ainda lembrou que os roubos existem, porque ainda há quem compre o material roubado e recomenda que as pessoas desconfiem de peças com preços muito baratos.

Voltar ao topo