Pai e filho são executados em São José dos Pinhais

O tráfico de drogas pode estar por trás de mais um duplo homicídio registrado em São José dos Pinhais. Desta vez, pai e filho foram mortos a tiros, na Rua Antônio Francisco de Andrade, na Vila São Pedro, no bairro Guatupê. As duas mulheres que estavam na casa foram poupadas pelos assassinos.

Segundo testemunhas, três homens fortemente armados arrombaram a porta da residência à procura de Everson Caetano da Silva, 32 anos, que conseguiu se esconder. Ele estava em casa com a avó, a irmã, e o pai, Alexandre Caetano da Silva, 61.

Como os assassinos não o encontravam, mataram Alexandre com quatro tiros na cabeça. Quando percebeu que os bandidos não estavam para brincadeira, antes que matassem a avó e a irmã, ele se entregou.

Acostamento

Everson foi colocado em um carro e levado até a BR-116, Contorno Leste, nas proximidades da Vila Jurema. No acostamento da rodovia, foi assassinado com pelo menos 12 tiros.

Os guardas municipais que estiveram no local encontraram cápsulas de pistola calibres 380 e 45, o que leva a polícia a ter certeza que pelo menos duas pessoas participaram do crime.

Segundo o delegado Osmar Dechiche, Alexandre cumpriu pena, entre 2005 e 2008, por tráfico de drogas. “Existe informação que o alvo era Everson, mas não descartamos a possibilidade de o pai dele ainda ter envolvimento com o tráfico”, relatou. A polícia também tenta descobrir porque Everson foi levado da casa para ser assassinado.

“Pode ser que os assassinos queriam que ele contasse alguma coisa ou os levasse a algum lugar. Tudo isso será minuciosamente investigado e, nos próximos dias, vamos ter uma resposta para estas perguntas”, garantiu Dechiche.

Operação

Praticamente no mesmo horário do crime, em outras regiões da cidade acontecia uma operação das policiais Militar e Civil e da Guarda Municipal. O objetivo, segundo o delegado, é inibir a criminalidade.

“Sempre que fazemos estas operações apreendemos armas e muitas pessoas são abordadas. Em virtude disso, percebemos que o número de pessoas mortas por agressões, com pedras e paus, tem aumentado”, analisou Dechiche.