Pai acusado de matar filha de três meses

Chorando e jurando inocência, Ronaldo Adriano de Oliveira, 26 anos, foi colocado no xadrez da delegacia de São José dos Pinhais por volta de 12h de ontem. Ele foi acusado pela cunhada de agredir e matar a filha Estefanie Gabriele, de apenas 3 meses. A menina foi levada para o Centro de Especialidade Médicas (Cemu) onde foi constatado o óbito.

Ronaldo disse que cuida da menina desde que a esposa foi internada, há uma semana, para tratar de uma depressão pós-parto. Ronaldo, que é servente de pedreiro e trabalha numa construtora no centro de São José dos Pinhais, recebeu da médica da esposa um atestado, que o liberava do trabalho no período em que a esposa estivesse internada.

“Eu estava cuidando da minha filha. Dava comida na hora certa, trocava e fazia de tudo por ela”, contou Ronaldo. Segundo ele, na madrugada de ontem, a menina havia se alimentado por volta de 3h.

De manhã, ele acordou e foi preparar a mamadeira para a menina. Quando voltou para o quarto, percebeu que a filha estava morta. “Ela dormia comigo, na mesma cama. Não sei o que pode ter acontecido.”

O guarda municipal Monteiro contou que sua equipe foi chamada para atender uma ocorrência de violência doméstica. Quando chegou na Rua Bernardo Hitner, na Planta São Marcos, encontrou Ronaldo desesperado, com a criança nos braços.

“Segundo ele, estava levando a criança para o Cemu. Levamos os dois para o atendimento e a médica logo constatou que a criança estava morta”, explicou o guarda. Ronaldo foi levado diretamente para a delegacia daquele município.

O superintendente Roberto de Miranda disse que a sogra de Ronaldo foi até a delegacia e confirmou a denúncia. A mulher disse que Ronaldo foi visto durante a noite com a criança, num bar da região.

“O delegado Osmar Dechiche, que ouviu a mulher e analisou o caso, autuou o rapaz em flagrante. Ele deve ficar preso até que o laudo do IML confirme a forma como a menina foi morta”, explicou.

Família

Ronaldo tinha um ferimento no olho direito, resultado de um soco dado pelo irmão durante uma briga, no último domingo. Segundo ele, uma confusão sem importância. Além disso, disse que os familiares da sua esposa também não gostam dele e por esse motivo fizeram a denúncia de que havia espancado a filha.

“A gente nunca se deu. Eu tenho problemas com bebidas e tomo remédio controlado. Sou inocente e o laudo vai mostrar isso”, defendeu-se. “Estou chorando não por estar preso, mas por nunca mais poder ver minha filha”, completou.

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