Pacifista fuzilado em Colombo

As ameaças de morte sofridas pelo sargento do Cindacta II, José João Pirog, 46 anos, se concretizaram no início da manhã de ontem. O militar foi executado a tiros dentro de seu estabelecimento, situado na Rua Campo do Tenente, Jardim Guaraituba, em Colombo. A delegacia de Alto Maracanã, responsável pela investigação, possui algumas pistas dos autores do crime.

Seguindo sua rotina diária, logo cedo, o sargento abriu as portas de sua mercearia e vestido com sua farda se preparava para ir ao trabalho no Cindacta. Entretanto, por volta das 7h30, pouco antes de sair da mercearia, José foi abordado por dois homens que deram início a uma breve discussão. Em seguida, os indivíduos sacaram suas armas e dispararam contra a vítima.

Sem chances de defesa, José foi atingido na cabeça, peito, braço e costas, e caiu morto dentro da mercearia. Após os tiros, os matadores deixaram o local.

De acordo com o superintendente da delegacia de Alto Maracanã, Job de Freitas, os autores conheciam a rotina da vítima e provavelmente são moradores do Guaraituba, bairro violento de Colombo. Uma testemunha, que está sendo mantida em sigilo, acompanhou da rua como o crime foi consumado. Através de seu depoimento é grande a possibilidade de que retratos falados dos matadores sejam confeccionados ou que eles sejam identificados no álbum de fotografias da delegacia.

Ameaças

Devido à sua boa índole, há algum tempo o sargento lutava para tentar moralizar o bairro, entrando em conflito com desordeiros da região. Há cerca de dois anos, João começou a receber as primeiras ameaças, mas há oito meses elas se intensificaram. Temendo por represálias contra ele e sua família, o oficial procurou a polícia, que efetuou diversas diligências nos últimos meses, trazendo mais tranqüilidade à região.

Como o sargento não mais procurou a delegacia, acreditava-se que a situação no Guaraituba estava amenizada. Mas ontem foi provado o contrário.

Além dessas ameaças contra arruaceiros, no local foi comentado que há poucos meses um indivíduo já havia tentado matar o sargento, mas a arma do marginal travou. A deixa foi suficiente para que João conseguisse se defender e batesse no agressor. Por esse motivo, o crime por vingança também não pode ser descartado pela polícia.

Voltar ao topo