Ninguém quer defender o monstro de Colombo

A barbárie ocorrida no dia 19 de janeiro, em Colombo, parece não ter chocado e revoltado apenas a população, mas também muitos advogados. Quase um mês depois de ter assassinado o garotinho Vinícius Félix Nascimento, 5 anos, e sua babá Josiane Taborda de Oliveira, 14, o acusado Jairton Cardoso, 32, permanece sem nenhum defensor.

Segundo o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Messias Antônio da Rosa, até agora nenhum advogado compareceu na delegacia se oferecendo para defender o acusado, o que indica a provável comoção geral até mesmo por parte dos profissionais da área criminal.

Jairton permanece detido e isolado em uma das celas do Cope, aguardando a transferência para o Sistema Penitenciário, que deve ser decretada nos próximos dias pela juíza da comarca de Colombo. Somente depois que participar da primeira audiência, quando deve ser interrogado, o Estado irá destacar um advogado para atuar no caso.

Depois de trabalhar mais de dez dias de maneira ininterrupta nas investigações, o delegado acredita que não há mais dúvidas quanto à autoria do duplo assassinato. Além de Jairton ter confessado e demonstrado com detalhes como assassinou as crianças, o pai de Vinícius reconheceu o tapete encontrado em um matagal como sendo seu. De acordo com o delegado, Jairton levou os policiais até o local onde dispensou alguns objetos da família e o revólver usado para cometer o crime. Porém, a arma ainda não foi encontrada. Vinícius e Josiane foram mortos a tiros e com facadas, além de Jairton ter tentado estuprar a babá, fato que não se consumou, uma vez que sofre de impotência sexual. O acusado, que alegava ter dupla personalidade, será julgado como um criminoso comum, pois os exames feitos por psicólogos e psiquiatras afirmaram que ele não sofre de insanidade mental.

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